Materiais:
Enviada em: 23/02/2018

A Casa dos Inválidos, fundada pelo 5º Vice-Rei do Brasil em 1794, foi o primeiro marco do humanismo aplicado à velhice no país, haja vista que não se tratava de uma obra de caridade, e sim de uma ação estatal direta, inaugurando o reconhecimento dos direitos do idoso. Hodiernamente, o aumento da expectativa de vida da população brasileira requer uma reafirmação desses direitos. Nesse contexto, convém analisar os principais desafios advindos da atual conjuntura.        Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a Constituição Federal, promulgada em 1988, estipula o direito à previdência como uma garantia fundamental. Destarte, é dever do Poder Público fazer cumprir essa determinação. Contudo, nos próximos anos, isso vai ficar gradualmente mais difícil, pois, de acordo com estimativa do IBGE, o número de brasileiros com idade superior a 60 anos será maior que a quantidade de crianças com até 14 anos, já em 2030. Logo, isso evidencia a necessidade de o Estado se debruçar sobre esse tema e buscar uma solução para evitar problemas futuros.        Outra questão preocupante é a degradante situação do sistema público de saúde brasileiro, o que afeta diretamente a crescente população idosa, tão dependente desse serviço. Exemplo disso são os vários casos de descaso com pacientes divulgados rotineiramente pelas diversas mídias nacionais, nos quais inúmeras pessoas chegam a dormir nos corredores de hospitais devido à falta de leitos. À vista disso, a sociedade civil tem o papel precípuo de mobilizar a população, com a finalidade de lutar, pela via democrática, para a mudança dessa conjuntura perversa. Afinal, como disse o revolucionário Che Guevara: “sonha e será livre de espírito, luta e será livre na vida.”        Torna-se evidente, portanto, que o aumento da expectativa de vida dos brasileiros impõe uma série de desafios que devem ser enfrentados. Como forma de garantir isso, é mister que o Governo Federal, busque reformar a Previdência Social, após um amplo debate nacional, no intuito de atender as necessidades da parcela da população mais dependente desse serviço. Em consonância, as ONGs devem mobilizar o povo, por meio de abaixo-assinados e manifestações, com objetivo de pressionar os congressistas a melhorar o sistema público de saúde. Assim, o Brasil poderá caminhar em direção a uma nação mais humanizada e coesa.