Enviada em: 25/02/2018

A partir da década de 50, o Brasil começou a passar por modificações no campo da medicina e no saneamento básico que melhoraram a qualidade de vida da população. Essas melhorias permanecem constantes até hoje, tendo como resultados a queda da taxa de mortalidade e o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que já alcança 75 anos. No entanto, em um país não preparado para esse envelhecimento populacional, o acontecimento gerou uma série de problemas, como a crise no sistema previdenciário e a falta de recursos para atender aos idosos.       Para o filosofo Émile Durkheim, a sociedade funciona como um organismo biológico por ser composta por partes que interagem entre si e, uma vez que uma delas não funciona, todo o sistema entra em colapso. Analogamente, o que acontece na sociedade atual é a redução da população jovem, componente da população economicamente ativa, a PEA, em conjunto com o aumento vertiginoso da população idosa. Esse panorama perturbou a estrutura de contribuições previdenciárias, gerando uma crise que tem efeitos em todo o "organismo", como a extensão da idade necessária para a aposentadoria.        Com a descoberta de novos medicamentos e cura de doenças, a expectativa de vida do brasileiro vem subindo cada vez mais. Com isso, temos o aumento de uma população com idade avançada e sem recursos para atendê-la, devido à falta de atenção do Estado. Consequentemente,  em contradição ao Estatuto do Idoso, essas pessoas sofrem com a falta de atendimento médico especializado, áreas de lazer e serviços especializados.       É visível, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver esse impasse. A iniciativa privada, em conjunto com o governo, deve abrir novas vagas de emprego e criar campanhas que incentivem os jovens a buscar empregos, de modo a aumentar a contribuição previdenciária  e reduzir a crise no sistema. Além disso, o Ministério da Saúde deve incentivar e disponibilizar novas vagas para a formação de profissionais especializados na saúde do idoso para, dessa forma, garantir que esse grupo tenha acesso à saúde de qualidade, assim como é previsto no Estatuto do Idoso. Somente assim o envelhecimento da população deixará de ser um problema para o Brasil.