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Enviada em: 14/10/2018

Nas comunidades indígenas brasileiras é comum a valorização do idoso, uma vez que esse é visto como um grande sábio e detentor de enorme experiência de vida. No entanto, quando se observa a questão dos mais velhos na sociedade civil, percebe-se que durante anos sua figura fora deixada em segundo plano. Conquanto, com o aumento da expectativa de vida foi-se necessário construir uma visibilidade para essa faixa etária, outrora marginalizada. Desse modo, é necessário compreender os motivos pela qual a expectativa de vida do brasileiro aumentou, bem como suas consequências.     É necessário notar, a princípio, que a evolução em alguns aspectos sociais foi um fator preponderante para que houvesse um aumento gradual no tempo de vida do brasileiro. Dessa forma, o constante avanço da medicina, indústria alimentícia, melhoramento do saneamento básico e demais cuidados para com a população foram de extrema importância para que o topo da pirâmide etária brasileira estivesse cada vez mais largo. Assim, segundo o IBGE, em cerca de 7 décadas a expectativa de vida aumentou 30 anos, representando,por um lado, grandes avanços no viés social, porém, por outro, sendo responsável pelo surgimento de novos desafios nunca enfretados pelo país.       Consecutivamente, uma vez que o tempo de vida média do brasileiro aumenta, a quantidade de idosos tende a ficar cada vez maior, e, com isso, cuidados para com essa faixa etária passam a ser necessidade. Dessa maneira, apesar da existência de direitos veinculados ao idoso na Magna Carta de 1988, o Brasil ainda carece de maior atenção aos mais velhos,visto que há uma ausência de programas públicos destinados ao idoso, tais como incentivos à atividade física e acompanhamento especializado. Nesse sentido, o ideal Aristotélico de equidade, baseado na ideia de tratar diferencialmente cada indivíduo de acordo com suas diferenças, passa a não ser respeito, haja vista que a faixa etária que cresce em demasia no país não recebe atenção suficiente.   Torna-se evidente, portanto, que medidas enérgicas devem ser tomadas para eliminar as consequências advindas do aumento da expectiva de vida no Brasil. Sob essa perspectiva, o Ministério de Desenvolvimento Social , em conjunto com as secretarias de cada município, deverão criar Programas Sociais destinados à pessoa idosa através do redirecionamento de uma parcela dos custos, de modo a fomentar uma melhor qualidade de vida a esses por meio de passeios,  práticas esportivas e conversa. Similarmente, cabe ao Ministério da Saúde separar em cada posto de saúde uma quantidade fixa de médicos para somente o atendimento de pessoas na maior idade, a fim de agilizar e aperfeiçoar o atendimento. Somente assim, a longo prazo, o cuidado e a valorização do idoso presente na sociedade autóctone seja vista na civil.