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Enviada em: 17/04/2018

Funcionando como a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, , a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando de percurso, o aumento da taxa de criminalidade entre jovens e um problema que persiste na sociedade brasileira há algum tempo. Com isso, ao invés de funcionar como uma força suficiente capaz de mudar o destino desse fato social, a falta de ações públicas , bem como questões familiares acabam por contribuir com a persistência do que o sociólogo Durkheim chamou de patologia social.    É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Contudo, ao observarmos que não há políticas de permanência escolar, sobretudo, para alunos oriundos de família com alto índice de vulnerabilidade social, além de medidas de inclusão, essa realidade rompe com a harmonia aristotélica e, consequentemente, faz com que os futuros cidadãos busquem na marginalidade formas de sobrevivência e meios para se sentirem inclusos. Assim, o percurso da problemática segue , rumo à completa ruptura com a moral vigente.   Outrossim, destaca-se as questões familiares como impulsionador da problemática. De acordo com o sociólogo Paulo Freire, a racionalidade comunicativa, isto é, o poder do diálogo, é capaz de transformar um meio, firmar laços de afeto e amor. Apesar de, a priori, parecer pieguice poética, a falta de atenção e diálogo dos pais com os filhos tem se configurado como agravante do aumento de menores no mundo do crime, uma vez que, ainda que implícito à primeira vista, por não receberem atenção dos pais, voltam-se às vicissitudes da rua como solução para as intempéries familiares. Logo,torna-se inevitável a mudança de percurso dessa falta de diálogo, da persistência para a sua extinção.   Diante dos aspectos supracitados, medidas prementes devem ser tomadas para extirpar a patologia social em questão. Para tanto, é imprescindível que o Ministério da Educação desenvolva programas de permanência( como bolsas de estudos, por exemplo) e de inclusão, por meio de projetos esportivos nas escolas e comunidades carentes, no intuito de afastar o menor do alistamento criminal, para que sua formação social e a segurança pública estejam garantidos. Concomitantemente, é preciso que a mídia em geral desenvolva campanhas voltadas à conscientização dos pais, instigando-os acerca da importância que o diálogo desempenha na formação moral, cívica e afetiva dos jovens e adolescentes, a fim de que o carinho familiar possa superar o desejo pelo crime. Quem sabe assim, o percurso de tal fato social seja mudado em prol de um futuro melhor.