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Enviada em: 08/06/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, a criminalidade entre os jovens é um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que muitos adolescentes são presos ou mortos. Nesse contexto, é indispensável salientar que a carência dos direitos sociais está entre as causas da problemática, tendo em vista que a falta de acesso ao sistema educacional pode induzir os jovens para o envolvimento com o tráfico de drogas. Diante disso, vale discutir a administração pública para com a diminuição da criminalidade entre os jovens e a função da educação para a evolução da sociedade, bem como a atuação do Estado de modo a combater tal impasse.      A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - garante educação, esporte e lazer para todas as pessoas, todavia, o poder público não efetiva esses direitos. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo verifica-se que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil. Quanto a essa questão, é notório que os investimentos públicos nos setores sociais - acesso à escolaridade e à cultura - são ínfimos, como também o Estatuto da Criança e do Adolescente é ineficiente para impedir o envolvimento de jovens com o tráfico de drogas e atender os menores inseridos em situações de risco de vida. De maneira análoga, é possível perceber que, por falta de administração e de fiscalização pública por parte de algumas gestões, a proteção aos jovens não é firmada.     Outro ponto relevante nessa temática é a importância da escolaridade para o desenvolvimento da sociedade. Seguindo essa linha de raciocínio, o educador Paulo Freire sustenta a ideia de que se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Nessa ótica, estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens se deu em razão da falta de acesso a um sistema educacional de qualidade, assim como a carência de iniciativas para democratizar o acesso à lazer e à cultura. Sendo assim, surge a necessidade de revisar a função do Estado frente a essa problemática.     Fica evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um país melhor. Para tanto, o Ministério da Educação deve aumentar os investimentos sobre as instituições escolares públicas, de forma a fornecer mais materiais escolares, professores capacitados, mais transportes coletivos escolares e ensino técnico para os adolescentes que cursam o Ensino Médio. Com isso, os jovens brasileiros terão oportunidades de inserção social e, assim, sair do mundo do crime. Com tais medidas, o Brasil sairá das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.