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Enviada em: 31/05/2018

Artigo 4º da Constituição    Desemprego. Violência doméstica. Desejo de ascender socialmente. São esses os principais contribuintes para o aumento na inserção de jovens na criminalidade. Logo, com a aspiração de melhoria de vida por âmbitos mais fáceis, em conjunto de uma ampla fragilidade existente no atual sistema de proteção social - extremas desigualdades - resultam, gradativamente, em maior participação juvenil em atos criminosos.    A priori, partindo da ideia do filósofo francês Émile Durkheim, que a sociedade forma o indivíduo, inicia-se o entendimento de que as raízes da violência brasileira está interligada aos dias atuais, impulsionando a marginalização. Com isso, percebe-se que o ambiente no qual dada pessoa está inserida influencia - em maior/menor grau - seus modos. Portanto, é notório que a taxa de criminalidade tende a apresentar dados mais elevados em lugares periféricos, devido às situações enfrentadas no ambiente. Logo, adolescentes com baixa renda - colocados em circunstâncias violentas - são, crescentemente, impulsionados a aderirem ao mundo do crime, com o tráfico de drogas sendo um dos maiores alicerces.      Por conseguinte, é perceptível a existência de uma segregação social - segundo o filósofo americano Michael Sandel, uma "Camarotização" nas sociedades - que amplia a diferenciação entre camadas mais altas com as mais baixas. Com isso, diminui-se o apoio das comunidades para com os jovens que, infelizmente, aderiram a práticas criminosas - além de taxa-no-los como marginalizados. Assim, contribuem para maiores índices de exclusão social e a falta de iniciativas sociais de transformação na vida do jovem que,  propicia para o retorno dos mesmos às antigas práticas.     Contudo, é notório o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros. Portanto, para mudar tal situação tem-se como dever da comunidade, sociedade e poder público - seguindo a constituição - a plena efetivação dos direitos. Ao Estado, cabe o trabalho de transformar o dia a dia dos ambientes onde os índices de criminalidade sao mais graves, levando maior amparo educacional, investindo em projetos sócio-culturais como feiras e palestras; melhorando, também, a oferta/qualidade de empregos para que os responsáveis desses adolescentes consigam transmitir aos mesmos a segurança necessária.