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Enviada em: 09/06/2018

A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a todos os cidadãos o direito à saúde, educação, trabalho e assistência social. Entretanto, com o número crescente de jovens entrando no crime organizado, percebe-se que tais garantias não chegam a todos, seja pela dificuldade do acesso à educação, seja pelos atrativos econômicos que a criminalidade proporciona.       Em primeira análise, quando o filósofo Peter Singer afirma que o progresso moral da sociedade é avaliado pela forma com que ela trata os mais fracos, ele ratifica a ideia de que o país deveria priorizar o acesso à educação aos mais jovens. Todavia, devido a fragilidade econômica e social, a dificuldade de obter transporte em áreas distantes e a elitização do ensino superior, muitas pessoas não conseguem estudar e acabam, por consequência, não obtendo emprego, assim o crime torna-se a principal fonte de renda.      Outra análise a ser feita é a comparação entre o salário mínimo de um trabalhador com pouca escolarização e a rápida ascensão econômica que a marginalidade oferece. Inquestionavelmente, um jovem que recebe menos de 950 reais por mês e que não obteve acesso à educação de qualidade, sente-se atraído pelas facilidades da delinquência, assim o sujeito passa a praticar pequenos furtos, até entrar para quadrilhas organizadas e cometer atrocidades em busca de melhoria econômica.      Em suma, o crime tem atraído a atenção de muitos jovens que buscam bons retornos financeiros, fato que não existiria se houvesse educação. Portanto, cabe aos Governos Federais e Municipais oferecerem bolsas de estudos em universidades e cursos técnicos para jovens em fragilidade social, oferecer transporte gratuito em áreas afastadas, além aumentar o salário mínimo, a fim de atenuar o problema e tornar o crime não mais uma única alternativa de obtenção de renda.