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Enviada em: 07/07/2018

No livro “Capitães da Areia”, de Jorge Amada, há a retratação da vida de jovens brasileiros que, por necessidade, moram nas ruas que sobrevivem do crime. Não obstante desse cenário literário, a falta de oportunidades de ascensão social, somada a uma estrutura familiar liquefeita, aumenta, gradativamente, a criminalidade juvenil no Brasil.        A priori, é válido salientar que o a ausência de oportunidades no mercado de trabalho corrobora para a problemática. É incontrovertível que o capitalismo prega que o indivíduo é aquilo que possui e, desta maneira, para adequar-se a sociedade, jovens entram para o mundo do tráfico para alcançar poder aquisitivo na sociedade. Não raro, esses indivíduos são moradores de favela que não tiveram oportunidades de estudo ou trabalho e que, pela necessidade de sobreviver, encontraram apenas o crime, assim como mostram os dados levantados pelo Uol, 64% da juventude criminosa vivem na extrema pobreza.         Sob outro ângulo, a desestruturação familiar desencadeia as más condutas juvenis. De acordo com Talcott Parsons, a família é uma máquina que produz personalidades humanas e, dessa maneira, é indubitável que sua liquefação altere na formação do caráter. Nesse viés, ao observar a violência do ambiente familiar, é comum que a criança, quando crescer, reproduza essas ações em sociedade.         Destarte, é mister que o aumento da criminalidade entre os jovens devem ser combatida. Portanto, faz-se necessário que as prefeituras criem assistências nos bairros periféricos, oferecendo aulas de culinária e costura, além da prática de esportes, a fim ocupar a juventude e impedir seu contato com o mundo do crime. Além do mais, é viável a criação de uma ouvidoria para o suporte de jovens que vivem em ambientes de extrema violência, oferecendo apoio psicológico, para que, no futuro, não tornem-se reprodutores dessas agressões.