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Enviada em: 21/08/2018

A Constituição Federal brasileira de 1988 garante o direito à vida, à educação, ao lazer, à moradia, entre outros, a toda a população do país, porém, não é essa a realidade que pode ser observada hoje, principalmente, com relação aos jovens. Como resultado da falta de acesso a esses direitos, a taxa de criminalidade vem crescendo cada dia mais em meio a esse grupo, gerando graves consequências, como o grande número de mortes. Diante disso, uma discussão em torno desse tema faz-se necessária.   Primeiramente, é indubitável que a falta de uma real atuação do Estado na vida das crianças e dos adolescentes é a principal causa desse problema. O perfil dos jovens que mais participam de atos criminosos e, também, que mais morrem por meio deles, são pobres e negros, ficando evidente que a desigualdade e a falta de acesso aos direitos básicos desde o início da formação desses indivíduos, como a educação, são as principais responsáveis pela sua marginalização. Isso acaba levando à inserção na vida do crime que, por não possuírem perspectivas de uma melhoria da qualidade de vida, acaba sendo o único meio em que vêem uma oportunidade de consegui-la.   Ademais, segundo o sociólogo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de coercitividade, generalidade e exterioridade. Com isso, fica evidente que o meio é o principal influenciador do indivíduo, mostrando a importância de fazer com que os jovens passem mais tempo em contato com medidas educativas, como instituições de acesso à cultura, esporte e lazer, principalmente em áreas periféricas, onde o acesso é menor. Dessa forma, se impedirá que eles passem muito tempo ociosos e nas ruas, onde a facilidade de contato com o crime é maior.   Diante disso, medidas devem ser adotadas para resolver o impasse. Cabe o Governo cumprir o que é garantido em lei, oferecendo, principalmente, educação, saúde e segurança de qualidade aos jovens do país, principalmente, através da instalação de locais que ofereçam esses serviços nas regiões em que eles são mais escassos, como periferias e cidades mais pobres, visando diminuir a desigualdade e promover uma melhoria na qualidade de vida desses. Além disso, o Estado deve incentivar e apoiar ONGs a levarem projetos culturais e educativos, como a oferta de cursos profissionalizantes, para essas regiões, a fim de dificultar o acesso de crianças e adolescentes ao crime e permitir que eles tenham meios de ascender na vida através de oportunidades legais garantidas a eles. Assim, será possível reverter o quadro da criminalidade entre os jovens do Brasil.