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Enviada em: 23/08/2018

O papel das instituições   Durante século XIX, o sociólogo francês Émile Durkheim postulou como os indivíduos que não se sentem integrados á sociedade estão mais propensos a cometer transgressões sociais. Tal fenômeno, foi observado na obra de Jorge Amado ‘’Capitães da Areia’’, a qual retrata um grupo de menores infratores que diante das fragilidades socioeconômicas encontram no mundo do crime um modo de subsistência.   Paralelamente fora da ficção, a negligência do Estado na vida de jovens tem sido propulsora de um cenário semelhante. Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente autentique o direito deles à saúde, à educação e ao lazer, infelizmente, na prática muitas vezes esse direito não é assegurado. Curiosamente, são nesses lares mais carentes aos quais foram negados oportunidades que há maior incidência de criminalidade entre jovens.   Não obstante, a falta de mobilidade econômica e perspectiva ocupa papel central nessa questão, pois o indivíduo vê na ilegalidade forma de ascensão social, como ocorre no aliciamento de adolescentes para o tráfico. Entretanto, o Estado não é o único responsável por essa mazela social, a Escola também tem a obrigação de reconhecer vítimas dessa desigualdade e fornecer acesso a meios que possibilitam que o aluno tenha uma vida digna e cheia de possibilidades.   Portanto, fica evidente como jovens infratores são na realidade resultado de uma condição marcada frequentemente pela negligência e pela vulnerabilidade. Desse modo, cabe ao Governo em parceria com Escolas Estaduais e Municipais adotar medidas preventivas como projetos educacionais com o objetivo de afastar crianças e adolescentes do crime. Essa iniciativa pode abranger cursos, manifestações artísticas, esportes entre outros, para que assim eles se sintam mais integrados à sociedade.