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Enviada em: 25/08/2018

Em meados do século XX, o austríaco Stefan Zweig escreveu o livro “Brasil, país do futuro” descrevendo o potencial de desenvolvimento do Brasil. No entanto, quando é observado a alta taxa de criminalidade entre jovens no país percebe-se que a profecia não saiu do papel. Nesse panorama, dois fatores fazem-se relevantes: A ausência do Estado e a carência no sistema educacional brasileiro.   É importante pontuar, de início, que a intervenção estatal é fundamental para a proteção dos cidadãos de maneira eficaz, como afirmou o filósofo Thomas Hobbes. Contudo, na realidade brasileira, nota-se que a opção por medidas de redução da rede de proteção social, em vez da via de fortalecimento do Estado de Bem-Estar Social facilita que direitos como à saúde, ao esporte e ao lazer não sejam ofertados de forma plena ao jovem.   Ademais, para Émile Durkheim, célebre teórico do período Oitocentista, a educação é determinante na composição do ser social. Analisando a afirmação e relacionando-a a realidade brasileira, percebe-se que o sistema educacional  corrobora a problemática, uma vez que as escolas não oferecem ensino profissional que contemple o jovem para a inserção no mercado de trabalho. Imerso nessa realidade, esse recorre ao crime, para compensar o que lhe foi negado.  Diante disso, infere-se que são imprescindíveis a adoção de medidas que promovam políticas públicas para os jovens. Portanto, concerne ao Ministério da Educação estabelecer nas escolas públicas brasileiras o ensino profissionalizante noturno, ofertando cursos como mecânica, culinária, estética, de modo que os jovens aprendam uma profissão que os tornem competitivos para a entrada no mercado de trabalho. Também é imperativo que as Faculdades de Educação Física promovam projetos de extensão, ofertando atividades esportivas e de lazer aos jovens, a fim de que esses direitos sejam assegurados. Assim, talvez, a profecia de Zweig torne-se realidade no presente