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Enviada em: 04/09/2018

A criminalidade é um dos problemas sociais mais graves que a população brasileira enfrenta atualmente. A mídia diariamente relata fatos ocorridos com cidadãos que foram vítimas de roubos, furtos, violência física. Diante desta realidade, é notário o aumento da participação de adolescentes , e até de crianças, como protagonistas nesse cenário cada vez mais emergente do crime. Destarte, é fundamental a realização de medidas do governo, instituições e da população de modo a reduzir esse assustador aumento na taxa de criminalidade entre jovens brasileiros.   Sobre o assunto, de início, vale ressaltar o relatório da ONU de 2010 no qual posicionou o Brasil como o oitavo país com maior índice de desigualdade social e econômica do mundo. Diante desse dado, cabe analisar a dificuldade de ascensão social somada a Era da ostentação como importante influência para a problemática. Uma vez que a atual realidade exibicionista evidenciada, principalmente, por meio das redes sociais revelaram de sobremaneira os desníveis na qualidade de vida dos brasileiros. Consequente a isso, muitos jovens, indignados pela baixa classe social que ocupam, tornam-se alvos fáceis de persuasão frente a ilusão de poder e de ascensão social ofertada pelo mundo da criminalidade, sobretudo por um dos maiores responsáveis do envolvimento de crianças e jovens em práticas delinquentes: o tráfico de drogas.    Alem disso, cabe trazer à memoria uma notícia recentemente veiculada pela mídia de Ceilândia (DF), na qual retrata um crime comandado pelo pai de um dos quatro adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, que furtaram quatro computadores da escola onde estudam. Percebe-se com isso o desajustamento familiar como um dos principais motivos para a geração de jovens delinquentes. Nesse sentido, jovens e crianças recebem ensinamentos distorcidos de todos os tipos de orientações danosas à sua formação social, com exemplos mostrados por indivíduos desajustados, amorais, deliquentes e de maus costumes, gerando o desajuste psicológico do menor, e terminam por influenciar diretamente a formação do caráter desses indivíduos em pleno desenvolvimento.   São evidentes, portanto, os entraves relacionados a introdução de jovens à criminalidade e a necessidade de serem revertidos. Logo, convém ao Estado o papel da criação de incentivos para que empresas, prefeituras, bancos e também o serviço público contratem, como aprendizes ou estagiários, jovens dos 14 aos 21 anos que vivem em condições socioeconômicas precárias, no intuito de adicionar perspectivas profissionais de ascensão social aos jovens. Além também da participação da família, como instituição primária da sociedade, na responsabilidade principal de transmitir valores aos menores e repassar modelos de vidas exemplares dignos de serem seguidos.