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Enviada em: 03/10/2018

O processo de urbanização no Brasil foi rápido e desordenado, fato que acarretou o surgimento de áreas de baixa renda, como as favelas. Nessas regiões, jovens começam a viver de maneira ilegal desde muito cedo, uma vez que eles não possuem perspectiva de ascensão social. Dessa forma, o aumento da criminalidade entre menores de idade é consequência de um cenário de impunidade e de concentração de renda.   Mormente, a desigualdade social é um fator decisivo para acentuação da criminalidade. Nesse sentido, consoante dados estatísticos do IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dez por cento da população do país detêm metade da renda nacional. Logo, os adolescentes de classe social baixa encontram na criminalidade uma saída para problemas financeiros, já que eles, por serem de baixa renda, provavelmente não tiveram acesso à educação de qualidade, recorrendo, por fim, ao crime.   Outrossim, a ideia de impunidade ocasiona uma falsa sensação de poder. Em vista disso, segundo Foucault, autor do livro “Vigiar e punir”, o poder, na sociedade contemporânea, está fragmentado entre setores sociais e não mais centralizado na figura do governante. Sendo assim, os jovens possuem uma sensação de intocabilidade atualmente, posto que eles não podem ser condenados, e, por isso, crimes cometidos por pessoas desse grupo é algo recorrente.  Evidencia-se, portanto, que a criminalidade entre jovens é resultado da desigualdade social e da sensação de poder desse grupo. Para solucionar tal impasse, é necessário que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Segurança Pública, acabe com a ideia de intocabilidade do adolescente. Para isso, é fundamental prever consequências para atos imprudentes mesmo sem abaixar a maioridade penal. Dentre essas, é possível citar a realização de serviço públicos para o Estado. Logo, é possível acabar com a ideia de impunidade e atenuar a criminalidade entre os jovens.