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Enviada em: 16/10/2018

O filme Cidade de Deus retrata a história de diversos jovens periféricos dos anos 60, que adentraram a vida do crime, em busca de dinheiro, poder e respeito. Cinquenta anos depois, essa ainda é uma realidade das periferias brasileiras. Nesse sentido, torna-se necessário analisar como a evasão escolar associada ao sistema vigente fomentam a problemática.    Inicialmente, é pertinente observar o papel das escolas no problema em questão. Nesse contexto, é importante citar que a Constituição Federal garante igualdade de acesso e permanência nas escolas aos cidadãos. Conquanto, na prática isso ainda não ocorre, tendo em vista o grande número de jovens que não concluem os ensino básico e médio. Não obstante, as instituições de ensino não promovem a interação dos alunos. Desse modo, os indivíduos em questão evadem as escolas e invadem o crime.    Além disso, é conveniente salientar como o sistema capitalista impulsiona a problemática. Com o sistema atual, os cidadãos são induzidos a entrar no mercado de trabalho precocemente. Entretanto, com a dura realidade das periferias, os jovens buscam métodos para a rápida obtenção de dinheiro. Diante disso, o crime passa a ser uma das grandes opções para jovens periféricos e pobres, que enfrentam os desafios da fome e da falta de acesso às escolas, presentes em uma sociedade capitalista.   Infere-se, portanto, que o crescimento da taxa de criminalidade entre jovens no Brasil ainda é uma grande chaga social. Desse modo, faz-se necessário buscar meios para dissipar esse problema. Nesse sentido, as escolas devem incentivar o engajamento dos alunos, oferecendo lazer e interação. Isso seria feito por meio atividades culturais, gincanas e atividades ao ar livre, que impulsionariam a participação dos alunos com recompensas, a fim de deter a recorrente evasão escolar. Sob essa ótica, as cenas do filme Cidade de Deus não serão mais presentes no cotidiano brasileiro.