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Enviada em: 09/10/2018

Em um país no qual a maior ferramenta de ascensão social deveria ser a educação, quando essa se torna excludente, não é surpresa que alguns jovens busquem outra alternativa mais acessível para ascender: através da criminalidade. Desse modo, sem políticas adequadas para incentivar a escolaridade desde cedo, o Brasil corre o risco de perder parte de seu futuro, se medidas não forem tomadas para minimizar o problema.   O lema iluminista "liberdade, igualdade e fraternidade", eternalizado após a Revolução Francesa, nos mostra a importância da igualdade na formação de uma sociedade. Entretanto, ao falharmos a oferecer uma educação pública de qualidade, impossibilitamos uma parcela da população de ingressar em ensinos superiores, já que alunos de redes privadas possuem vantagem na infraestrutura didática. Assim,alguns jovens deparados com essa realidade se veem pressionados a arrumar seu sustento através de crimes e atitudes ilegais.   Além disso, a necessidade financeira muitas vezes gera pressão familiar para que o indivíduo abandone sua formação acadêmica para procurar soluções mais rápidas de gerar renda. Em vista disso, alunos que largam o estudo para exercer atividade remunerada não encontraram empregos de qualidade, sendo atraídos, muitas vezes, para uma atividade criminal, que dispensa currículos e formação profissional.    Portanto, é necessário que o Ministério da Educação adote programas que ofereçam auxílios econômicos estudantis para os jovens que se provarem assíduos nas aulas, sem problemas criminais e que detenham determinadas médias escolares. Desta maneira, o país estará desestimulando o ingresso na criminalidade, ao mesmo tempo que incentiva um estudo de qualidade, tornando menores as disparidades entre os ensino público e privado. Através disso, o Brasil estará fazendo jus aos princípios iluministas de igualdade no qual a nossa democracia foi fundada.