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Enviada em: 18/10/2018

Da cátedra educadora como bálsamo ao desleixo do Estado e falha da educação familiar             Quando a criminalidade infantil e juvenil tornam-se fatores influentes nas taxas de criminalidade, nada mais é possível inferir senão a eminente falha tanto do Estado – em proteger a vulnerabilidade de jovens e crianças, bem como salvaguardar a sociedade dos mesmos – quanto da família – em oferecer a devida orientação moral, que guiaria o indivíduo em suas escolhas. Afinal, o Estado e a família são (ou deveriam ser) os proponentes da ética e da moral, mas, aparentemente, suas empreitadas tem gerado um resultado sensível às promessas da criminalidade. Assim, torna-se inviável discordar de Lemony Snicket, quando afirma que "num mundo quase sempre governado por corrupção e arrogância, pode ser difícil se manter fiel aos princípios literários e filosóficos", aqueles que foram negligenciados.             Contudo, é vital salientar como a família é o núcleo de formação educacional que irá orientar moralmente o indivíduo. Destarte, convém parafrasear Olavo de Carvalho em "O Imbecil Juvenil", texto no qual salienta como o jovem busca maneiras de suprir suas necessidades – sejam estas materiais, sejam de inclusão – tendo muitas vezes de aderir a um modelo de vida que não lhe convém, tendo de caminhar entre aquilo que quer ser e aquilo que já não é mais – o fruto da educação de seus pais – acaba por não ter domínio de sua subjetividade e dos acontecimentos ao seu redor, é fadado à metamorfose de caráter, personalidade e, muitas vezes, à decadência da ética que lhe sobra.              Ademais, todo o mérito não poderia ficar nas mãos das famílias, quando o próprio Estado falha em conferir educação e proteção aos jovens e à própria população, uma vez que esta sofre com os atos criminosos das organizações. Por fim, é possível concluir o mesmo que Hippolyte Taine em seu determinismo: o indivíduo é fruto do meio social e do momento histórico em que vive.              Entrementes, é preciso lamentar o Estado pelo sucesso de seu desleixo! Afinal, este perdeu milhares de vidas, seja ao crime, seja aos esforços médicos a fim de manter corações batendo – por causas inocentes ou não; É conveniente linearizar o seu sucesso maquiavélico, pois como uma de suas proposições (Maquiavel): "É preciso  ferir um homem de modo que sua vingança não seja temida", vingança esta que não seria armada, mas educada eticamente, a revolução do século.             Enfim, cabe ao Estado fiscalizar o número de seus jovens registrados e conferir sua matrícula em escolas, bem como acompanhar o desempenho dos mesmos através de psicólogos, os quais, diante de eminentes problemas, articulariam remediações para a elucidação dos mesmos; no que confere à família, a mesma deve primar pela educação moral seio de casa e, com a devida educação – científica, ética e moral – a criminalidade jamais poderá abalar os alicerces da incorruptibilidade.