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Enviada em: 23/10/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada pela ONU em 1945 - garante a todos os indivíduos o acesso à educação, moradia e ao bem-estar social. No entanto, no Brasil esse direito é vilipendiado para grande parte da população, o qual resulta diretamente no aumento da taxa de criminalidade entre os jovens. Diante dessa situação, faz-se necessário um estudo sobre a problemática e alternativas para combatê-la.   Em primeira análise, parafraseando o antropólogo Darcy Ribeiro, se os governantes nao constroem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios. Dentro dessa lógica, a precariedade do sistema educacional brasileiro se torna um fator determinante no aumento dessa taxa de criminalidade, na medida em que várias escolas carecem de insumos básicos, como alimentos e materiais didáticos, falta de infraestrutura e até ausência de pagamento dos professores das redes públicas. Tais fatores impossibilitam e desmotivam os jovens a continuarem com a vida acadêmica, levando-os a recorrer a outros meios, como a criminalidade para conseguir o devido sustento financeiro e o bem-estar social.   Em segunda análise, evidencia-se que a desigualdade social advinda do sistema capitalista de produção provoca uma espécie de "apartheid social" no Brasil. Nesse sentido, indivíduos privilegiados economicamente tem mais oportunidades de acesso à educação, cultura, saúde e consequentemente tem uma melhor condição no mercado de trabalho, enquanto que pessoas mais carentes ficam à mercê dos serviços públicos precários, resultando em uma desigualdade de oportunidades. Dessa forma, esse problema recai predominantemente na vulnerabilidade social dos jovens que veem no mundo do crime uma saída para essa situação e um modo de ascender socialmente.   Infere-se, portanto, que a educação é um dos pilares basilar para resolução desse problema. Sendo assim, é imperativo que o Governo Federal dedique regularmente parte expressiva das verbas arrecadadas pelo Estado no setor educacional, no sentido de realizar a devida gestão e manutenção das necessidades das instalações educacionais, além de realizar a criação de mais escolas nas áreas onde o serviço é escasso. Desse modo, todos terão acesso a uma educação mais igualitária e em lugar de presídios, daqui a 20 anos, haverão trabalhadores e universitários.