Na série americana The Society, é mostrada uma sociedade distópica formada exclusivamente por adolescentes, com altos índices de criminalidade e repleta de atitudes irresponsáveis. De maneira análoga, percebe-se no Brasil hodierno o alto número de delitos cometidos por jovens. Desse modo, torna-se evidente a problemática do aumento da criminalidade juvenil, devido a grande desigualdade social recorrente no país, aliada a coerção social. Em primeira análise, fica clara a influência da desigualdade entre ricos e pobres nas grandes cidades na existência da criminalidade. Como uma das principais características do movimento naturalista do final do século XIX, é notável a animalização do homem quando esse vive em situação precária. Então, sociedades nesse molde tendem a carecer de uma complexa organização. Com base na célebre frase de Thomas Hobbes "o homem é o lobo do homem", torna-se manifesto o perigo à segurança pública. Portanto, é incontrovertível que a desigualdade social é fator causal à brutalização do ser humano, determinante para a delinquência. Ademais, é perceptível que a internet e as redes sociais contribuem para a formação da mentalidade do jovem voltada ao crime. Ao adotar-se o Fato Social de Durkheim, que indica a existência de normas na sociedade, que atuam de forma coercitiva, percebe-se o poder de influência possuido pelas redes sociais como Twitter e Instagram, expondo riquezas e ostentando. O jovem, ao entrar em contato com essas publicações, adquire o desejo de ascensão social, facilitada com atividades ilícitas. Dessa forma, fica indubitável que as redes sociais possuem alto poder de manipulação ao jovem. Dessarte, devido ao supracitado, torna-se evidente a necessidade de medidas para reduzir a criminalidade juvenil. Cabe ao Ministério da Educação, por meio de parcerias com ONGs que atuem em áreas carentes de apoio estatal, promover maior assistência a população, com criação de escolas e projetos extracurriculares, objetivando inserir o jovem em atividades lícitas que proporcionem crescimento pessoal, para diminuir a influência das redes sociais e reprimir o efeito da desigualdade social. Assim, portanto, será possível tornar o Brasil um país mais seguro e igual para todos.