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Enviada em: 05/10/2019

Promulgada pela ONU no ano de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação de qualidade e ao bem estar social. Conquanto, grande parte dos jovens brasileiros são impedidos de usufruir plenamente desse direito, na medida que vivem sob um pano de fundo caracterizado pela precariedade das escolas públicas, que, quando associadas às baixas rendas familiares , reduzem absurdamente as oportunidades de crescimento econômico do jovem. Ainda sob esse cenário, é alarmante o crescente número de adolescentes que encontram, no mundo do crime, um subterfúgio, uma maneira de garantir alguma qualidade financeira. Nessa perspectiva, cabe avaliar tal quadro,intrínsecamente ligado a aspectos sociais e econômicos.   Em primeiro lugar, cabe avaliar que fatores constitucionais e suas aplicações encontram-se intrinsecamente ligados à problematica. Apesar de penas para menores serem previstas pela constituição, de acordo com uma entrevista realizada pelo jornal oglobo com advogado Ariel de Castro Alves, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos, apontou que o número de menores que cumprem algum tipo de medida socioeducativa no país é pequeno em comparação ao total de adultos presos, evidenciando o cenário de impunidade que engloba o menor infrator. Paralelamente, esse quadro se encaixa na definição de anomia social, defendida pelo sociólogo alemão Dahrendorf em seu livro "A Lei e a Ordem", que apresenta um contexto no qual as normas reguladoras da sociedade perderam sua validade.   Faz-se míster, ainda, salientar a precária qualidade da educação brasileira como agente impulsionadora da problemática.Outrossim, de maneira análoga, pode-se mencionar o pensamento do educador e pedagogo Paulo Freire, que defende que quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu Eu e as suas circunstâncias.Portanto , depreende-se que a órgão escola tem falhado constantemente em ampliar a visão do estudante em relação às oportunidades da vida, e em fornecer caminhos alternativos ao mundo do crime.       Conclusivamente, nota-se que ainda existem entraves na consolidação de políticas que visem a criação de um mundo melhor.Em primeira instância, cabe ao Governo Federal, na forma do ministério da educação, maior direcionamento de recursos voltados para o desenvolvimento da infraestrutura das escolas direcionadas ao ensino fundamental.Além da capacitação de profissionais - principalmente psicólogos - que atuem como "guias" quanto às oportunidades fornecidas aos jovens.Dessa forma, o crescimento da taxa de criminalidade entre o jovem brasileiro poderá ser combatido.