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Enviada em: 27/10/2017

Várias faces de um só problema.       A constituição Federal brasileira prevê em seu quarto artigo o direito à vida, sendo esse garantido pelas instituições: Estado, família etc. Porém o cenário brasileiro coloca em xeque esse direito fundamental, jovens, em sua maioria, negros ( como aponta o estudo do Mapa da Violência, no qual a cada 23 minutos um jovem negro é assasinado no Brasil), são alvos da violência. Mas será que o aumento da criminalidade entre os jovens é causa ou consequência de um sistema marginal?        Disparidades econômicas e sociais, como já apontadas por Karls Marx no século XIX ainda são causas para diversos dilemas da nossa sociedade. Por esse motivo a busca por uma melhor qualidade de vida e uma diminuição dessa disparidade é, em sua maioria a força motriz do brasileiro médio. Porém, quando há alguma frustração e a não obtenção de um "progresso" social alguns pensam que " os fins justificam os meios" fazendo uma alusão à Maquiavel e, encontrando em meios peversos, como a criminalidade, tráfico de drogas e armas caminhos aparentemente mais fáceis para a obtenção de algum status quo.       Preconceito, falta de oportunidade e uma maior vulnerabilidade à mudanças o jovem é quem está no centro desse cenário.  Diante disso o jovem menor de idade é recrutado para atuar nesse campo em razão de um possível retorno financeiro ligado à meios ilícitos, bem como a "facilidade" de escapar de um punimento maior do Estado, já que o sistema de internamento para jovens infratores inclui medidas não, necessariamente, carcerárias como, apenas,  uma orientação e/ou encaminhamento aos pais. As consequências claras desse tipo de conjuntura é a marginalizaçãao socio-cultural e política dessas pessoas, colocando ainda a sociedade como sendo algo externo a elas, como visto por Durkheim.        Convém, portanto, que o Estado garanta os direitos básicos de cada cidadão em qualquer localidade, seja a mais abastada ou não, através das secretarias municipais e estaduais de saúde, educação e lazer, por exemplo. Bem como a ampliação por meio do Ministério da Educação cursos profissionalizantes focados nos jovens e, junto com os gestores estaduais e das escolas públicas a  criação de projetos que desenvolvam uma identidade e que despertem no jovem uma voz que precisa e deve ser ouvida. E por fim que a Sociedade junto com projetos sociais e ONG's consigam contribuir para o desenvolvimento de saberes holísticos que desperte um sentimento de pertencimento em cada jovem.