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Enviada em: 27/10/2017

Um morto em 23 minutos     Do enriquecimento fácil às responsabilidades de prover e cuidar de uma família, a cultura do crime sustenta as prerrogativas de sucesso e amparo das quais o Estado e a família se ausentam. Entretanto, a conta dos altos índices de criminalidade entre jovens chega, seja pela escalada da violência, pelas altas taxas de jovens mortos e pelo alto número de detenções em casas de menores e presídios na fase adulta, por consequente.     Ao invés de realizar investimentos na educação e mudanças estruturais, o governo e a sociedade se pautam pela repressão violenta aos criminosos e a prisão como solução final. O Brasil apresenta uma das maiores populações carcerárias e uma das piores educações do mundo. Sendo o último, um motriz na capacidade do jovem tomar decisões, uma vez que qualquer indivíduo pouco instruído tende a ter uma capacidade de julgamento pior.     Além de vulnerável e pouco instruído, o jovem tende a lidar com a questão da desestruturação familiar, da qual, ele vira o responsável dos seus. Assim sendo, a busca pelo mínimo para viver corrobora com o crime, uma vez que é o caminho que responde mais rapidamente a essa busca. Mas, da mesma maneira que a resposta é rápida, a expectativa de vida e os perigos dessa escolha acompanham. Por exemplo em estudo, a taxa de homicídios para a juventude negra, em decorrência da violência, é de 36,9 por 100 mil habitantes, resultando em um jovem morto a cada 23 minutos, segundo dados da BBC, em reportagem sobre uma CPI.     Está sedimentado o papel do Estado e família na construção e na resolução da criminalidade juvenil. A principal bandeira é a promoção da educação pelo Estado, melhoria do acesso a educação, seja a básica ou superior, por exemplo, ampliar o FIES, um motor propulsor do jovem nas universidades. Também é vital para as secretárias municipais e das assistentes sociais mapear a maneira que é feito o planejamento familiar.