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Enviada em: 29/10/2017

No filme “Vem dançar” Pierre é um dançarino profissional e se oferece como voluntário para lecionar aulas à jovens detentores na escola pública, eles sempre estão envolvidos em encrencas ou com delitos fora do âmbito escolar.Apesar da resistência inicial, o professor mostrava-se esperançoso na alteração da vida desses marginalizados. Fora da ficção, o cenário é um pouco diferente; sem muito apoio, adolescentes são integrantes do aumento exponencial da taxa de criminalidade no Brasil e, para atenuar, é preciso a reflexão acerca das causas e das limitações na resolução do problema A princípio,vale ressaltar a desigualdade social como fator preponderante para a ocorrência do impasse no país. Segundo dados do Mapa da Violência,a maior porcentagem de jovens que possui participação em delitos são da classe mais abastada.Comovidos pela situação financeira da família,o crime torna-se muito mais atraente para ascensão social ao que “levar” uma vida honesta, já que seus representantes familiares levara e nunca ascendera economicamente.Dessa forma, nota-se a fragilidade do sistema de proteção social e a má qualidade do ensino público de educação, não conseguem alterar o pensamento e postura de nossos jovens que, inevitavelmente, se envolvem no “mundo do crime” precocemente.  Além disso,é válido analisar as barreiras para a resolução do problema.Sabe-se que a sociedade brasileira é caracterizada por seus pensamentos conservadores e generalizados perante aos moradores da periferia, os quais são , erroneamente,classificados como seres aculturados e incompetentes.Nesse ínterim, é notório a falta de empatia e o individualismo exacerbado como obstáculos para a inserção dos jovens de periferia no mercado de trabalho. Desse modo, o ideal de Thomas Hobbes é colocado em pauta, o qual afirmava que o homem com sua escassa empatia e seu empoderamento tende a gerar o caos social, ou seja, negligenciar esse grupo não seria a melhor alternativa para que tal não provoque efeitos avassaladores na sociedade.  Portanto,medidas devem ser desenvolvidas para a resolução do impasse. Em suma, é dever do Estado promover programas governamentais para o atendimento de menores, como a criação de postos de auxílio psicológico e educacional, de modo que tanto os que estão em situações de risco como os já inseridos no mundo do crime não sejam negligenciados pela sociedade.Ademais, é fundamental a união das instituições de ensino com ONGs, fomentando cursos gratuitos com o intuito de estimular a confiança,senso crítico, além do preparo necessário para facilitar a inserção desses jovens no mercado de trabalho. Assim, agora com o decréscimo exponencial na taxa de criminalidade, Pierre se sentiria orgulhoso em observar a alteração plena do cenário brasileiro.