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Enviada em: 27/10/2017

É notório o crescimento da participação de pessoas com idade cada vez menor no mundo do crime nesses últimos anos no país. Tal cenário afeta os brasileiros em todas as esferas existentes – social. política e econômica-, pois se trata de um problema persistente na sociedade e que interfere no progresso da nação. Desse modo, é fundamental o debate desse tema a fim de solucionar a questão, visto que esse índice de criminalidade de jovens afeta negativamente toda a população.   No Brasil, concomitantemente ao aumento da taxa dos jovens em geral no envolvimento no crime, houve o crescimento de menores de idade cometendo esse delito. De acordo com uma pesquisa do jornal Folha, entre os homicídios registrados no Distrito Federal, 30,2% foram realizados por pessoas com menos de dezoito anos. Deve-se ao agravamento desse índice, sobretudo, a vulnerabilidade de crianças e adolescentes mais pobres que, muitas vezes, não têm acesso integral aos direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê a promoção da educação, profissionalização e da dignidade para esses indivíduos.   Além disso, há a ilusão do sujeito em relação às vantagens que seu envolvimento no crime pode trazer-lhe, pois ele é coagido a pensar que, dessa forma, alcançará uma imagem mais respeitada e sairá do contexto da marginalização social em que vive. Entretanto, a situação, possivelmente, acaba piorando pelo fato do jovem que comete delitos estar no convívio de pessoas perigosas e mais experientes que se beneficiarão da sua inocência, tornando este indivíduo uma vítima da criminalidade e o que faz dele ainda mais fragilizado na sociedade.   Todo esse cenário exige medidas eficazes. Para tanto, é fundamental que o Ministério da Educação atue na promoção de atividades integradas às escolas que instiguem o interesse dos alunos (cursos profissionalizantes, estágios remunerados e bolsas de iniciação científica, por exemplo), sobretudo nas instituições de ensino em lugares onde estão os indivíduos com menor renda e os mais socialmente marginalizados, a fim de garantir que o jovem se mantenha longe do mundo do crime. Ademais, é indispensável que o Governo Federal. em conjunto da sociedade, efetuem o cumprimento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Dessa forma, será possível o decréscimo desse grave índice de criminalidade.