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Enviada em: 27/10/2017

O filósofo contratualista Thomas Hobbes expõe em sua obra a máxima "O homem é o lobo do homem", uma vez que atitudes individuais tendem à sobreposição de discursos em vista do poder hierárquico. No século XXI, é possível observar tal condição na problemática da violência crescente entre jovens, de modo que a pouca visibilidade no ambiente social incentiva a prática ilegal. Com efeito, o 'déficit' nas ligações entre família, Estado e comunidade com a escassez da temática infanto-juvenil promovem o avanço do caráter estamental das relações, bem como a expansão de políticas agressivas, supostamente reparadoras, que fortalecem a posição do adolescente no contexto criminal.   Segundo o pedagogo Paulo Freire, quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido torna-se ser o opressor. Nesse sentido, configura-se a posição primordial do ensino na função emancipadora do individuo. Todavia, a natureza educacional está intrínseca à medidas socioeconômicas da nação e à atuação civil na promoção de oportunidades para o jovem brasileiro. Assim, a ineficiência das instituições sugere dificuldades para manter o bem-estar pessoal, disponibilizado por ações contrárias à cidadania. Por conseguinte, índices do GLOBO revelam que, em 2011, 17% das apreensões realizadas no país foram de crianças ou adolescentes, confirmando o restrito compromisso com os novos cidadãos por interesses superiores.   Outro aspecto de debate sobre o quadro inclui o Artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos Humanos o qual demonstra a negação de torturas e tratamentos degradantes. Contudo, a análise da população quanto às medidas necessárias para diminuição do agravante introduzem questionamentos a afirmação; a preferência por projetos autoritários à casas de reabilitação e estímulos sociológicos expressa a baixa condição da sociedade nacional em receber o menor infrator e atuar como via de inclusão. Outrossim, o fundamento agressivo aprovado de maneira intensa ressignifica o combate do impasse, estruturando a expansão da violência pela influência do público ameaçado nesse processo.   A falta de atenção que baseia taxas de eventos ilegais das novas gerações no Brasil deve, portanto, ser alvo de procedimentos em âmbito geral. É imprescindível que o Ministério da Educação, em parceria com o Executivo Federal, disponha de parcelas de sua receita para formatação de colégios; com fornecimento de infraestrutura, a rede pública precisa ampliar o cognitivo infantil, adequando o futuro adolescente, a fim de formar alunos bem colocados no mercado de trabalho, desligando-os do crime. Ademais, cabe a grupos jornalísticos e ativistas, apoiados por gestores de comunicações nacionais, propagar os riscos reais da opressão extrema ao jovem infrator, em busca do tratamento correto que possibilite a quebra da dominação hierárquica direcionada à tais grupos segregados.