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Enviada em: 28/10/2017

O livro “crime e castigo” do escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicado em 1866, traz a história de um jovem que comete um crime, não consegue lidar com isso e como consequência é preso. Entretanto, apesar de ser uma obra ficcional, retrata uma realidade presenciada na sociedade brasileira. Neste sentido, é observado que a criminalidade juvenil é resultado da falta de planejamento governamental somado ao envolvimento de jovens com entorpecentes.    É importante abordar, primeiramente, as condições que esses jovens vivem. Eles são impedidos de trabalhar, pois o sistema produtivo não oferece a chance do primeiro emprego e isso se agrava com a precariedade da formação educacional. Assim, esses indivíduos sentem-se como se estivessem sem opções de serviço, e optam por iniciar práticas transgressoras que são vistas como única forma de obtenção de recursos. Somado a isso, em locais menos favorecidos geograficamente, a educação é péssima devido à falta de estrutura, preparação pedagógica e incentivo monetário do governo. Dessa forma, as faltas de serviços disponíveis para esse grupo junto com a falta de educação qualificada proporcionam maior inserção dessas pessoas no mundo criminal.     Sob esse viés, muitos jovens sentem-se atraídos pelo mundo das drogas. O adolescente acredita numa ilusão de ascensão social, que na maioria dos casos leva à dependência química. Desta maneira, por ser uma fase que tem como característica principal a vulnerabilidade, o uso desses entorpecentes pode acarretar em vários problemas não só físicos, mas psicológicos e sociais. Em decorrência disso, o uso de drogas rompe com a harmonia que Aristóteles propõe para uma sociedade justa, que, segundo ele, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Portanto, é perceptível que medidas são necessárias para que o equilíbrio aristotélico seja alcançado.    Fica evidente, que esse impasse precisa ser superado pela sociedade brasileira. Para isso, é fundamental uma campanha entre Governo e Escolas públicas para que indivíduos, principalmente em bairros desfavorecidos, sejam cientes da importância de se estudar, e não se envolver com drogas químicas, através de aulas temáticas, teatros e debates; para que esses jovens tenham a educação necessária para passar em um processo seletivo, por exemplo, e, assim, conseguirem um emprego ideal. Além de promover mais estágios em escolas, ambientes públicos para que esses jovens reconheçam a necessidade de ser honesto. Inclusive, em parceria com a mídia pode-se promover uma maior discussão do assunto através de campanhas publicitárias. Assim, uma sociedade mais respeitosa e igualitária será formada.