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Enviada em: 31/10/2017

De acordo com o Artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário desde 10 de dezembro de 1948, todo membro da família humana tem direito à vida. Entretanto, mesmo após quase 70 anos da assinatura desse importante documento, a sociedade brasileira ainda vivencia a persistência da criminalidade cometida pelos jovens brasileiros. Nesse sentido, o estado e a sociedade devem buscar caminhos para não somente a falta de investimento em educação, mas também para mudar a má qualidade das penas direcionadas a esses jovens.        O investimento minúsculo em educação pelo poder público, num primeiro plano, corrobora para o envolvimento de crianças e de adolescentes na criminalidade. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, autor da celebre obra "Leviatã", é papel da União manter a sociedade em harmonia social. No entanto, a ausência de escolas e os péssimo salário destinado aos professores tornam, muitas vezes, quase impossível de passar o conteúdo para o aluno, por consequência ele acaba indo para a rua. Nessa problemática, pela falta de oportunidade eles acabam seguindo a criminalidade, uma vez que a escola torna-se menos interessante. Logo, cabe ao Ministério da Educação investir e reformar as escolas, além de melhorar os salários destinados aos professores, buscando criar um ambiente agradável para estudar e amenizar o número de jovens infratores no país.         Em paralelo à essa questão, as medidas de ressocialização para adolescentes não estão funcionando. Um bom exemplo disso é que muito desses infratores acabam retornando ao crime após sair da sua medida socioeducativa. Isso está ocorrendo, visto que essas penas não buscam reinserir o jovem na sociedade, mas sim em puni-lo, muitas vezes, com violência e em condições semelhantes a de presos de longa data. Desta maneira, ONG's que militam nesse setor, em paralelo com o governo, devem organizar um plano de auxílio psicossocial, acompanhando o infrator durante toda sua prisão, aliado a utilização de penas alternativas - ajuda comunitária e cursos técnicos dentro da Fundação Casa. Por fim, solucionando o problema das penas sem caráter ressocializador.        O pouco investimento em educação e a utilização de medidas sem conseguir ressocializar o infrator são, portanto, causas para o aumento na taxa de crimes por jovens no Brasil. Para tanto, além das medidas citadas, os canais de TV aberta têm papel de criar programas de debate, em horário nobre, com a participação de pessoas que cumpriram penas  e especialistas, advogados e juristas, para debater acerca do tema. Ademais, colocar o jovem infrator como tema central em suas telenovelas, haja visto que este e aquele causam forte impacto social. Afinal, assim será possível tornar o jovem base para a construição de um país melhor e preocupado com os direitos humanos da sua população.