De acordo com o filósofo Rousseau, o ser humano é um produto do ambiente em que vive. Dessa forma, uma vida pautada pela violência, má qualidade educacional e sem perspectiva de um futuro melhor, o crime se torna inconsequente um caminho viável para o jovem. Sendo assim, é importante analisar o papel de descaso do Estado e a ineficiência da educação que torna o homem em agente e vítima de seus próprios problemas. Em um primeiro plano, conforme o filósofo Thomas Hobbes, os governantes deviam prover tudo para a população em prol da paz do coletivo por meio do " Contrato social". Todavia, uma parcela da juventude não tem recebido a devida atenção e assim sendo, a criminalidade ganha forças e consegue explorar a natureza de estado do indivíduo que já se sente à margem da sociedade. Além disso, deveria ser ofertado pelo Governo ao adolescente e a criança um ensino educacional de qualidade. Segundo o educador Paulo Freire, a educação é o principal fator que muda a sociedade. Contudo, o ensino público brasileiro é deficitário, pois não consegue chegar até o jovem e este abandona a escola. Desse modo, a visão determinista do século XIX se torna a realidade desse grupo social. Torna-se evidente, portanto, que a longo prazo é possível solucionar essa problemática. Logo, cabe ao Ministério da Educação, implementar o ensino integral nas escolas públicas no ensino fundamental até o ensino médio. Não obstante, é necessário que tenha projetos sociais na instituição escolar como cursos de teatro e música. Urge, também, que o Estado, aliado à iniciativa privada, promova a inclusão social por intermédio de esportes oferecendo bolsa atletismo para jovens morados de comunidade e cursos profissionalizantes. Ademais, é importante que os jovens infratores também recebam as mesmas medidas que os demais. Só assim, adequando a frase de Nelson Mandela, são as ações positivas as responsáveis pela mudança dos jovens.