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Enviada em: 05/12/2017

Segundo o filósofo inglês John Locke, as pessoas nascem como uma folha de papel em branco e essa é preenchida de acordo com suas experiências de vida. Uma criança que cresce tendo contato com o mundo do crime, compõem seu caráter baseado nos ensinamentos desse universo e tende a seguir por esse caminho na adolescência e fase adulta. Por ser um caminho complicado e, em muitos casos, sem volta, faz-se necessário discuti-lo.       A ausência de uma educação de qualidade está na base desse problema, afinal, a formação do caráter dos indivíduos acontece durante a primeira infância, quando a folha que, outrora estava em branco, começa a ser preenchida. A escola tem papel fundamental nessa composição, pois é nesse ambiente em que as pessoas aprendem e dão início ao exercício da cidadania.       O mundo do crime, sustentado basicamente pelo tráfico de drogas e armas, seduz. O poder e as riquezas alcançadas por meio desse atraem crianças e adolescentes, principalmente, os advindos de famílias carentes que sofrem diariamente com a falta de recursos. Diante da oportunidade de "mudar de vida" e ganhar "dinheiro fácil", a maioria deles larga os estudos e segue pelo novo caminho: mais curto e perigoso. Nesse, à proporção que se enriquece e ganha cargos melhores, se aproxima do fim.         O índice de menores de idade envolvidos em crimes, portanto, só aumenta. A fim de mudar essa realidade, é imprescindível que haja uma melhora na educação pública brasileira, de modo que influencie os alunos a se aplicar e forme neles a consciência de cidadão, para que possam exercitá-la. Ademais, o governo deve criar políticas públicas que promovam o bem-estar das populações carentes, para que não busquem suprir suas necessidades financeiras com auxílio do tráfico ou cometendo outros delitos. Por fim, as famílias, junto ao corpo docente das escolas, deve instruir seus filhos, mostrando-lhes o caminho certo a seguir, compondo a sua folha em branco com linhas de honestidade.