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Enviada em: 16/02/2018

Na narrativa do escritor alemão Franz Kafka,o personagem Gregor Samsa transforma-se em um inseto após sofrer pressões de uma sociedade na qual o caos foi banalizado.Fora da literatura,a desordem instaura-se no Brasil pós-moderno,à medida que nem o Estado e nem o corpo social se mobilizam com o intuito de mitigar o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros.Assim,novas medidas capazes de solucionar a problemática são necessárias,para que as vítimas dessa prática não sofram de similares metamorfoses.     Em primeiro plano,a Constituição Federal de 1988 -norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro- já em seu preâmbulo assegura o exercício dos direitos individuais e sociais.Sob essa perspectiva,observa-se que é competência do Estado inibir qualquer prática a qual infrinja a dignidade humana dos cidadãos e,embora haja a lei 13.257,criada em 2016,muitas lacunas permitem a perpetuação das manifestações criminosas entre os jovens,como a falta de uma educação de qualidade e o grande descaso nos centros de reabilitação juvenil.Por consequência,os adolescentes utilizam-se desse desassistencialismo governamental para promover tais práticas odiosas e para permanecer,sobretudo,no mundo do crime.     De outra parte,a sociedade brasileira contemporânea é influenciada por uma cultura de banalização da violência,a qual pode ser percebida pelo aumento das taxas de criminalidade entre os jovens.Nesse sentido,os criminosos são,majoritariamente,meninos negros,pobres e com experiência no tráfico de drogas,o que demonstra o grande descaso social vivenciado por esses indivíduos.Consoante a isso,levando-se em conta a teoria do "behaviorismo radical",defendida pelo psicólogo Frederic Skiner,que define o comportamento do homem como reflexo do meio,tal desafio supracitado é perpassado ao longo das gerações,o qual concebe a disseminação dos crimes juvenis.      Portanto,em virtude dos problemas mencionados,a fórmula para atenuá-los passa pela cooperação entre o Estado e a educação.Logo,cabe ao Governo Federal a adoção de iniciativas sociais frente a esses jovens,por meio de atividades pedagógicas mais efetivas e de centros de reabilitação melhores,com o fito de sanar o impasse do crime.Ligado a isso,compete ao Ministério da Educação instruir os indivíduos de forma clara quando ao malefício da criminalidade juvenil,construindo uma conscientização coletiva mediante palestras -em escolas,universidades- e campanhas socioeducativas nas redes sociais,a fim de erradicar tais práticas banalizadas na população.Desse modo,as taxas de criminalidade entre os jovens serão minimizadas e a banalização do caos irá figurar-se apenas nas páginas da literatura.