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Enviada em: 11/04/2018

Capitães da Areia,Justiça e Liberdade      Jorge Amado,autor de Capitães da Areia,alude em sua obra a história de garotos,de 11 a 18 anos,que sobrevivem em coletividade a partir do crime.Fora do contexto literário,a crescente taxa de criminalidade entre jovens brasileiros, além de ferir direitos constitucionais,impedem o desenvolvimento saudável desses indivíduos.Dessa forma,observa-se que a violência juvenil reflete um cenário desafiador seja pelo desprendimento das instituições,seja pela sua aproximação com o tráfico.     Previamente,segundo o artigo 227 da Constituição,é dever da família,do estado e da sociedade garantir,com prioridade, a efetivação dos direitos referentes a vida dos jovens.Todavia,apesar de pré-estabelecido por lei,o descrédito desses órgãos catalizam com a violência.Visto que,o que se repara na realidade é,em regiões mais carentes, o sucateamento educacional do serviço público,ausência de novas atividades e,por conseguinte,o desprezo no despertar de suas criatividades.Em virtude disso,com a educação deflagrada e sem estímulos externos,a aproximação com a realidade criminal surge como opção.      Ademais,a ilusão da rápida ascensão social vendida pelo mundo do tráfico aproxima os jovens ao envolvimento com a criminalidade.Desse modo,a inclusão dessas crianças e adolescentes em facções cada vez mais cedo,submetem-os a realizarem delitos e contrabandos em prol do falso poder.Nesse sentido,sob a ótica de Friedrich Schiller,a violência destrói tudo que ela pretende defender: a dignidade a vida e liberdade do ser humano.   Destarte,depreende-se que a despretensão associativa desdobra o estandarte criminal no Brasil.Torna-se imperativo, portanto, que o Ministério da Educação ofereça novas iniciativas governamentais,sobretudo em áreas carentes, a partir da inclusão de atividades interdisciplinares e estímulos a literatura e arte, por meio de workshops e teatros dentro dos colégios,a fim de solidificar o sistema de proteção social e criar expectativas entre eles.Outrossim, é importante o Ministério da Justiça,em parceria com ONG's, crie centros de reabilitação e medidas socioeducativas que distancie os jovens do tráfico e permitam-os retornar a vida em sociedade.Apenas sob tal perspectiva,poder-se-á assegurar dignidade aos jovens e os livrar do mundo do tráfico,pois assim como proferido por Jorge Amado, "a liberdade é como o sol: o bem maior do mundo".