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Enviada em: 19/03/2018

"O que você faria no meu lugar?"       A criminalidade aumenta pela falta de educação de qualidade e pela dificuldade de conseguir um emprego que o jovem brasileiro enfrenta. Faltam políticas públicas de acesso e, por isso, ainda há muitas famílias em condição de miséria, assim, é fácil entender quando Nem da Rocinha -ex traficante- disse ao ser questionado sobre o porquê de ter recorrido ao crime: "o que você faria no meu lugar?". Essa problemática se dá pela falta de oportunidades, pela qual o jovem no Brasil se vê sem recurso.       Ela tem por fator determinante a sociedade de consumo, em que você é aquilo que tem. Pela precariedade do ensino público, com professores desmotivados, o jovem não se sente motivado a estudar para conseguir ser parte da sociedade de consumo. Por isso se encontra na posição de buscar outros meios de "ser alguém". Ao cometer pequenos delitos, seja um furto ou um "aviãozinho", consegue poder de compra.       Outra saída, que pode ou não ser buscada antes de ceder ao crime por esse jovem, é o emprego formal. Contudo, há dificuldades em alçá-lo, muitas empresas exigem experiencia profissional comprovada - coisa que não existe quando se busca um primeiro emprego. Tal dificuldade também é determinante para o êxodo do jovem em direção ao crime.       Sendo assim, não é difícil entender que existam muitas pessoas em condições análogas às de Nem da Rocinha quando migrou ao crime. Contudo, há alternativas para driblar esse crescimento da criminalidade entre os jovens brasileiros, porém esse caminho é longo e dará resultados de modo gradativo de modo a diminuir a falta de oportunidades.       Esse caminho se daria através de maiores investimentos governamentais em educação de base, em criação de mais escolas de tempo integral e maior valorização do professor, de modo a manter esse jovem na escola. Além disso, para o jovem que não conseguir se manter na escola, ou que precisar trabalhar e estudar, é fundamental que haja fiscalização por meio do Ministério Público na oferta de vagas de jovem-aprendiz para que ele se mantenha no emprego formal. Assim, gradativamente essa taxa que tanto aumenta, diminuir-se-á.