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Enviada em: 13/03/2018

Os fatores que aumentam a criminalidade entre jovens, devem ser abordados levando em consideração um ciclo vicioso e vigente, em que criminosos geram vítimas, e as mesmas no futuro podem tornar-se criminosos. Adolescentes transgressores geralmente cresceram em ambientes traumáticos e estressantes, o que se tem são pais ou responsáveis, que falharam em assistir adequadamente e por muitas vezes praticaram atos violentos contra estes jovens. Os indícios apresentados são ainda maiores nas periferias, onde a presença de grupos criminosos e da violência são elementos corriqueiros. Dessa forma, a maior parte das oportunidades que envolvem o jovem da periferia, se resumem à criminalidade e o afastamento progressivo da sociedade. A formação dos mesmos será repleta de frustrações, abandonos e ódio.  Para lidar com estes indivíduos o estado utiliza a Fundação Casa e os centros de internação como medida protetiva e corretiva, entretanto estes ambientes possuem formato carcerário, faltam medidas que integrem o jovem transgressor à sociedade. O ócio e ódio são dois fomentadores de crimes que estão presentes nessas instituições, devido a falta de atividades educacionais, quando apenas se isola o criminoso a sociedade é protegida a curto prazo. São necessários acompanhamentos de longo período que corrijam os costumes adquiridos em toda uma vida de crimes.  Sendo assim seria interessante que psicólogos acompanhassem o comportamento de crianças e adolescentes dentro das escolas, fundações casa e centros de internação. Segundo pesquisas norte americanas, atividades que estimulam a resolução de problemas por meio do desenvolvimento psicoemocional, apresentam resultados positivos no que diz respeito a atitudes violentas. No Brasil algumas escolas estão conseguindo apoio e implementando estas práticas educativas, os círculos restaurativos como aqui são chamados. Esperasse que atendendo individualmente alunos violentos e incentivando a criação de laços emocionais com demais colegas, o sentimento de empatia torna-se mais forte. O uso destas técnicas aliadas as instituições citadas, poderia ser uma forma de evitar ainda na infância, a ocorrência da transformação de vítimas em marginais.