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Enviada em: 30/03/2018

"Eduque as crianças e não será necessário castigar os homens". De acordo com Pitágoras, a educação é um meio preciso a fim de evitar a punição humana. Entretanto, tendo em vista o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros, urge a necessidade de problematizar os caminhos que a disparidade no êxito de tal exercício educacional tem resultado no cotidiano desses civis. Ainda, essa ascensão também se deve ao fato do crescimento do tráfico e da ausência de políticas públicas que amparem as vítimas aliciadas.   Em primeiro plano, ressalta-se de acordo com Ariel de Castro, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos, que a quantidade de adultos presos se mostra maior que o número de menores exercendo atividades socioeducativas. Desse modo, impera admitir que a fragilidade no fomento governamental à educação de jovens carentes no país tem como consequência a marginalidade nas condições de vida desses indivíduos, como a delinquência, o cárcere e, por fim, a morte.   Além disso, semelhante ao treinamento precoce exercido em crianças espartanas para guerrearem em prol de sua cidade, o encorajamento ao tráfico de drogas se revela corriqueiro desde a infância dos brasileiros carentes até a fase adulta. Dado isso, interpreta-se que o comprometimento do Estado, no que tange ao reforço da garantia de programas socioculturais a ambas as faixas etárias e de emprego aos detentores da maior idade, tem papel imprescindível no combate da ampliação referente à criminalidade juvenil no território nacional.   Face às considerações exploradas, cabe ao Ministério da Educação junto ao Governo, fornecer o acompanhamento de profissionais e assistentes sociais, por intermédio de subsídios, evitando problemas de evasão escolar, bem como o incentivo fiscal a empresas na contratação de adolescentes, oferecendo oportunidades de inserção profissional, por meio de estágios, aos jovens que vivem em condições socioeconômicas precárias. Ainda, compete à mídia, mediante novelas, propagandas e do patrocínio Federal, abordar a integração juvenil perante a permutação de substâncias ilícitas, a fim de trazer discussões à comunidade referente ao restabelecimento da vida desses cidadãos e, com auxílio do Ministério da Justiça, divulgar postos de denúncias a fim de cooperar na prisão de traficantes que abusam dos elementos sujeitos à infância ou adolescência, garantindo o enrijecimento da vigilância, junto a viaturas e câmeras, nas zonas periféricos e nos centros urbanos brasileiros. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa pitagórica e que faça jus à segurança, conforme rege o conjunto de normas estabelecidas com objetivo de proteção integral a esses indivíduos, denominado de Estatuto da Criança e do Adolescente.