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Enviada em: 02/04/2018

“Eduque as crianças e não será necessário castigar os homens”. De acordo com Pitágoras, a educação é um meio preciso a fim de evitar a punição humana. Entretanto, tendo em vista o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros, urge a necessidade de problematizar os caminhos que a disparidade no êxito de tal exercício educacional tem resultado no cotidiano desses civis. Ainda, essa ascensão também se deve ao fato do crescimento do tráfico e da ausência de política públicas que amparem as vítimas aliciadas.   É conveniente ressaltar que de acordo com Ariel de Castro, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos, a quantidade de adultos presos se mostra maior que o número de menores exercendo atividades socioeducativas. Desse modo, impera admitir que a fragilidade no fomento governamental à educação e cultura de jovens carentes no país tem como consequência a marginalidade nas condições de vida desses sujeitos, como a delinquência, o cárcere e, por fim, a morte.    Além disso, semelhante ao treinamento precoce exercido em crianças espartanas para guerrearem em prol de sua cidade, o encorajamento ao tráfico de drogas se revela corriqueiro desde a infância dos brasileiros até a fase adulta. Dado isso, interpreta-se que a omissão da comunidade perante a reintegração social desses indivíduos afeta diretamente na manutenção dessa ampliação, consistindo na formação de dependentes químicos submissos à violência, tendo em vista que propostas de inclusão não são levadas a sério quando comparadas em discursos paliativos de propósito militante.    Face às considerações exploradas, cabe ao Ministério da Educação, junto ao Governo, fornecer o acompanhamento de profissionais e assistentes sociais, por intermédio de subsídios a fim de evitar problemas de evasão escolar, bem como o incentivo fiscal na contratação de adolescentes, oferecendo oportunidades de inserção profissional aos jovens que vivem em condições socioeconômicas precárias e a disponibilização de coletivos, gincanas, filmes e debates nas escolas, objetivando incluir esses cidadãos em atividades de lazer e cultura. Ainda, compete à mídia abordar a integração juvenil diante a permutação de substâncias ilícitas, mediante novelas, propagandas e do patrocínio Federal, com o intuito de trazer discussões à comunidade referente ao restabelecimento da vida desses personagens e, com auxílio do Ministério da Justiça, divulgar postos de denúncias a fim de cooperar na prisão de traficantes que abusam dos elementos sujeitos à infância ou adolescência, garantindo o enrijecimento da vigilância, junto a viaturas e câmeras, nas zonas periféricas e nos centros urbanos brasileiros. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa pitagórica e que faça jus à segurança, conforme rege o Estatuto da Criança e do Adolescente.