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Enviada em: 06/08/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza pelo problema do outro. No entanto, quando se observa o problema do aumento da taxa de mortalidade infantil, no Brasil, atualmente, observa-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria, e não desejavelmente na prática, e a problemática permanece intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de investimentos governamentais, seja pela desigualdade social. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências das posturas aqui apresentadas.       É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação entejam entre as causas do problema. Segundo o filosofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a falta de investimentos governamentais rompe essa harmonia, haja vista que muitas crianças, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, ainda sofrem com doenças causadas pela falta de saneamento básico, como difteria, e falta de assistência médico-hospitalar, acabando vindo a óbito prematuramente.        Outrossim, destaca-se a desigualdade social como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada a exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que má distribuição das riquezas, além de persistir, tem se acentuado, constituindo-se como uma das maiores causas da mortalidade infantil. Nesse aspecto, percebe-se que a baixa renda está diretamente ligada à subnutrição e à marginalização da população, que é obrigada a residir em áreas onde não existem esgotamento sanitário, coleta de lixo ou água tratada. Evidentemente, as crianças, que tem um sistema imunológico mais frágil, acabam sendo as maiores prejudicadas. É notório, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor.       Como mencionado por Johann Goethe, a maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos. Desta maneira, o Poder Executivo deve elaborar a próxima Lei Orçamentária Anual, de modo que haja uma realocação de recursos para os Ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde, contribuindo, consequentemente, com a elaboração de mais projetos que visem o combate à subnutrição infantil e à falta de saneamento básico. Conforme o SEBRAE, as ME’s (microempresas) geram 9 em cada 10 vagas de emprego no país. Logo, os Poderes Executivos Municipais devem estimular a criação de ambientes favoráveis ao surgimento de novas ME’s, promovendo assim uma melhor distribuição de renda e qualidade de vida para a população, a fim de seja estimulada a equidade na sociedade, onde crianças não morram mais devido à falta de amparo social.