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Enviada em: 07/08/2018

Proposto pela ONU nos anos 2000, a erradicação da mortalidade infantil foi um dos Objetivos do Milênio que os países membros comprometeram-se à realizar. Apesar dos inúmeros avanços, o Brasil ainda enfrenta a mazela da mortalidade de recém-nascidos, seja pela ascensão de movimentos antivacina, seja pela falta de acompanhamento pré-natal.     Em primeiro plano, consoante o pensamento do filósofo empirista Francis Bacon, em que o comportamento humano é contagioso, a ascensão de movimentos antivacinação tem mobilizado muitos pais a atitude equivocada de não vacinarem seus filhos. Motivados por notícias sensacionalistas e pelos estudos fraudulentos do médico britânico Andrew Wakefield - que associava o autismo em crianças à vacina contra o sarampo - tem diminuído a vacinação do recém-nascido e consequente aumento de sua mortalidade. Além disso, corrobora para o reaparecimento de doenças erradicadas, tornando-se um grave problema de saúde pública no Brasil.     Ademais, é notório que o descaso materno em relação ao pré-natal é um fator preponderante para o aumento da letalidade infantil em nosso país. Muitas vezes desprovidas de informação acerca da importância do acompanhamento médico durante a gestação, as grávidas sujeitam o feto à inúmeras doenças como a sífilis e rubéola, causadoras da má formação fetal e responsáveis pela morte prematura do bebê. Com isso, é necessário destacar que o problema acentua-se em regiões mais precárias e interioranas, onde o acesso à saúde pública é deficiente, como é o caso da região nordeste do Brasil, líder em mortalidade infantil segundo o IBGE.       Diante desse contexto, é imprescindível a atuação das Redes de Atenção Básica na saúde da gestante e lactante e consequentemente do bebê. O Ministério da Saúde pode implementar nas Unidades básicas por meio do SUS, equipes multidisciplinares compostas por médicos e enfermeiros para o atendimento domiciliar de grávidas e parturientes em situação de risco social. Desse modo, cumprindo o calendário de vacinação da criança e a preservação da saúde da mulher e do bebê.