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Enviada em: 21/08/2018

Com o advento da Segunda Revolução Industrial, durante a Segunda Guerra Mundial, possibilitou-se o desenvolvimento da medicina, sendo evidenciada pela criação de vacinas, antibióticos e soros. Tal marco permitiu a prevenção de mazelas, que antes assolavam a sociedade, reduzindo a mortalidade infantil. No entanto, a questão sociocultural e a negligência estatal contribuem para o aumento da taxa de morte de crianças no Brasil.       Nesse contexto, o crescimento do movimento anti-vacina no país dificulta a melhoria no cenário da mortalidade infantil. O fato de os indivíduos compartilharem notícias falsas nas redes sociais, como ''Facebook'', ''Twitter'' e ''WhatsApp'', relacionadas à vacinação desestimulam os pais a levarem seus filhos aos postos de saúde para imunizar, com receio das possíveis reações adversas. Situação semelhante é evidenciada na Revolta da Vacina, durante o governo Pereira Passos, na qual os cidadãos divulgavam boatos sobre os efeitos negativos da vacina e a associavam como método de controle populacional, deixando os menores desprotegidos. Assim, a manutenção desse comportamento na sociedade contemporânea impacta na saúde das crianças, pois, não vacinadas,  ficam sujeitas à ação de patógenos responsáveis pelas enfermidades, propiciando à morte.        Ademais, a indiferença do poder público resulta na carência de infraestrutura nas áreas periféricas das cidades auxilia no número de mortes infantis. O crescimento acelerado dos centros urbanos dificultou a expansão de setores fundamentais para a vida humana digna nas regiões de subúrbio, como o saneamento, evidenciando a falta de planejamento do Estado. De acordo com a literatura médica, essa deficiência de esgoto encanado e água tratada favorece a disseminação de doenças microbianas em crianças, como esquistossomose e amarelão, porque seu sistema imunológico é pouco efetivo, comparado a de um adulto. Dessa forma, os menores ficam sujeitos aos vetores das mazelas, expondo-as a problemas de saúde contribuintes para as estatísticas das mortes infantis.        Nessa perspectiva, o combate a aversão às vacinas e a inércia estatal são fatores indispensáveis para a melhoria no quadro da mortalidade infantil. Por isso, torna-se necessário que o Ministério da Saúde alerte os cidadãos da importância da imunização das crianças na prevenção de doenças, por meio de propagandas nas redes sociais, como ''Facebook'' e ''Twitter'', que desmintam as notícias falsas dos possíveis efeitos adversos, a fim de reduzir o medo de reação das vacinas nos seus filhos. Outrossim, cabe ao Estado investir no saneamento básico das regiões periféricas, por intermédio de reformas que promovam o crescimento da água e esgoto encanado, com o objetivo de reduzir as mazelas relacionadas a mortalidade infantil.