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Enviada em: 20/08/2018

O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê como um dos direitos fundamentais dos infantos a vida e à saúde. Entretanto, tais garantias estão em decadência, pois o aumento da mortalidade infantil é evidente, no Brasil, indo em oposição ao resto do mundo. Sendo assim, é fundamental analisar as causas desse antagonismo brasileiro com a expectativa de vida das crianças e buscar solucioná-las de forma eficiente e segura.   Em primeiro plano, vale destacar a negligência com a saúde infantil. Apesar do decréscimo das mortes de crianças alcançadas por décadas, a falta de iniciativas governamentais para o acesso ao saneamento básico e a cobertura vacinal, indispensáveis para o controle de patologias nocivas, foram primordiais para o aumento de casos novamente. Segundo uma reportagem realizada pelo jornal Bom Dia Brasil, cerca de 74% dos casos de mortalidade infantil aconteceram nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste, confirmando como a infraestrutura compromete à vida dos infantos.  Outro fator a ser mencionado é a prática crescente de abortos clandestinos. A mudança de mentalidade da mulher fez com que muitas escolham a não maternidade, influenciando nas mortes quando a gravidez é indesejada. Dessa forma, mesmo que ilegal, diversas mulheres preferem interromper a vida do bebê do que concebê-los, como descrito em uma reportagem do site BBC Brasil, em que mais de 500 mil procedimentos abortivos clandestinos são realizados, no país, por ano.    Portanto, o Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, deve reforçar as campanhas sobre a vacinação infantil, durante todo o ano, por meio de propagandas, vacinação em postos de saúde, escolas e praças estratégicas das cidades, buscando o aumento da qualidade de vida das crianças. Ademais, as Secretarias de Saúde dos municípios, em conjunto com ONGs voltadas para a saúde da mulher, devem realizar pesquisas em sites e em bairros das cidades sobre a expectativa de vida das crianças, visando a busca por um panorama real da situação no país e a orientação adequada de especialistas para mulheres que veem o aborto como opção.