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Enviada em: 08/08/2018

Mortalidade infantil é a taxa que registra a quantidade de crianças que morrem até 1 ano de idade, e é quantificado a cada 1000 nascimentos. O Brasil registrou sucessivas quedas nesses dados durante 26 anos seguidos, devido, sobretudo, as campanhas de vacinação, melhorias socioeconômicas, de saúde e de saneamento básico.   Todavia, o país registrou uma nesses números nos últimos anos, e os principais motivos são da queda na renda das famílias, cortes nos gastos públicos, e epidemias.    Dessa forma, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde 1992 a taxa de mortalidade infantil está sendo reduzida, na década de 1990 o número de crianças que morriam diariamente passavam de mil, em 2015 esse valor passou para menos de 15 em cada mil nascimentos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Essa grande queda é fruto de movimentos de vacinação, como a do Zé Gotinha, que incentivavam as crianças a serem vacinadas, e também na melhoria da distribuição de renda, retirando o Brasil do mapa da fome, e consequentemente evitando mortes infantis por inanição. E por último, uma melhoria no saneamento básico, que evita a contaminação por doenças orais-fecais e um maior investimento no SUS, expandindo o seu atendimento.    Entretanto, a partir da recessão econômica de 2015 e as medidas de austeridade praticadas pelo Governo, como a PEC 241, que trava o aumento dos gastos públicos no Brasil. Se o primeiro problema agrava a situação financeira das famílias e fazem elas entrarem em vulnerabilidade social, a segunda ajuda no sucateamento do SUS e nos cortes do Bolsa Família, que retirou diversas pessoas da fome e ajudou a diminuir as mortes por inanição no país, porém, agora tal problema volta a assustar as pessoas e ajuda na morte de crianças, por fome.    Outros dois fatores a serem considerados são a epidemia do zika vírus, que causa microcefalia em bebês que tiverem suas mães contaminadas ainda na gestação, e tal problema de má formação cerebral diminui a expectativa de vida da criança, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o que agrava ainda mais o problema.    É necessário, portanto, que o Estado revogue o Projeto de Emenda Constitucional que congela os investimentos públicos, pois, o investimento público faz-se muito importante em momentos de recessão econômica, sobretudo, nas áreas da saúde, expandindo seu atendimento, no saneamento básico, evitando que doenças simples, como diarreia, mate as crianças brasileiras, e por último, aumentando o número de beneficiados do Bolsa Família, já que com a queda na economia o número de pessoas desempregadas e vulneráveis é muito grande. Tudo isso é fundamental para que a mortalidade infantil retorne ao passado e a vida de milhares de crianças seja salva.