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Enviada em: 07/08/2018

O aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil interrompeu décadas de queda de mortes de bebês. Desde 1990 o país apresentava queda média anual de quase 5% na mortalidade. Tal aumento se credita à emergência de doenças como o vírus zika e o ressurgimento de doenças consideradas erradicas no Brasil. Outro fator que contribui para o aumento da mortalidade é a desigualdade social.      A princípio, doenças consideradas erradicadas no Brasil como sarampo, e poliomelite, voltaram a causar problemas na saúde pública. Dados recentes mostraram que a vacinação em crianças, um importante fator para redução da mortalidade, alcançou o menor nível em 16 anos. A associação de mais de 300 mortes de bebês e crianças desde 2015, causadas pelo vírus zika, é outra condição substancial para que o aumento da taxa fosse evidenciado no país, após anos sem registrar crescimento na mortalidade.      Por conseguinte, o Brasil ainda passa por problemas de desigualdade social. A condição de vida e o acesso à saúde de qualidade, principalmente durante a gravidez, são fatores que corroboram para que a mortalidade infantil seja evidenciada em locais mais precários e que tornem as gestantes mais suscetíveis à doenças como o zika vírus. Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a mortalidade infantil está relacionado a qualidade de vida e na atenção à saúde da criança. Além disso, a principal causa das mortes neo-natais está relacionado às condições socioeconômicas.     É evidente, portanto, que as causas se correlacionam em torno de garantias públicas, como uma saúde de qualidade para todos. Urge uma união do poder público, juntamente com as famílias, preconizando um acompanhamento médico eficaz ao longo de toda a gravidez, provendo também saneamento básico de qualidade, assim como a atenção na vacinação das crianças. O Ministério da Saúde com campanhas e entrevistas com especialistas, interação nas redes sociais, só assim podendo ter um alcance maior na conscientização da população.