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Enviada em: 07/08/2018

Em 1977, as vacinas tornaram-se obrigatórias para menores de um ano de idade em todo o Brasil. Em 1984, foi iniciada em todo o país a vacinação de crianças de 0 a 4 anos de idade contra poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche e tétano, o que resultou no último caso de poliomielite registrado no Brasil, em 1989. Tais contextos históricos colaboraram para a queda da taxa de mortalidade infantil durante quinze anos. Entretanto, os dados atuais revelam que, desde 2016, esta taxa tem aumentado, significativamente, afetando o desenvolvimento social brasileiro. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.     A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões básicas de saúde. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), historicamente, a queda da mortalidade infantil no Brasil está associada a uma série de melhorias nas condições de vida e na atenção à saúde da criança. Logo, a precariedade urbana comum no cotidiano dessas crianças torna-se o principal fator para o aumento da mortalidade infantil, em virtude da falta de saneamento básico, de segurança alimentar e de vacinação, o que constitui numa violação dos Direitos Fundamentais da Criança, garantidos pela Constituição Federal de 1988, feita pelo Poder Público, uma vez que, é dever do Estado assegurar que tais direitos possam ser efetuados.       Outrossim,  em 1988, uma pesquisa do britânico Andrew Wakefield publicada pelo "The Lancet", revela que a vacina tríplex (sarampo, caxumba e rubéola) poderia desencadear o autismo. A partir disso, movimentos antivacina desencadearam-se, mundialmente. Apesar dessa pesquisa ser estudada e concluída por outros cientistas, os quais alegam que não há evidências científicas nessa afirmação, ainda assim, este argumento ainda é usado na sociedade pós-dinâmica. No Brasil, tais movimentos têm aumentado, consideravelmente, devido a debilidade do sistema educativo, resultando assim, no aumento da taxa de mortalidade infantil, já que, os responsáveis recusam-se a vacinar seus filhos, mesmo que esse seja um ato ilegal e, na maioria das vezes, letal.        Nota-se, portanto, que uma sociedade desinformada e desamparada, politicamente, pode interferir no desenvolvimento social da nação. Nesse contexto, essa resultou no aumento da taxa da mortalidade infantil, o qual deve ser combatido através de ações do Ministério da Saúde, como a criação de campanhas de incentivo à vacinação, sendo estas informativas à respeito da importância da vacina e desmitificando riscos, com o propósito de desestimular movimentos antivacina. Ademais, o estabelecimento de saneamento básico pela Prefeitura de cidades carentes é essencial para erradicação de diversas doenças contagiosas, auxiliando assim, a queda da mortalidade no Brasil.