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Enviada em: 07/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o aumento da mortalidade infantil, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista não acontece na prática, pois a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de atitude do Governo, seja pela negligência e compactuação da sociedade.       É inquestionável que as leis e a sua devida aplicação estejam em harmonia para solucionar o problema, entretanto, a carência de atitude do Governo possui estreita relação com o crescente número de mortalidade infantil. Isso porque a falta de investimentos em projetos que visem melhorar o pré-natal e o saneamento básico gera uma sensação de abandono. Nesse contexto, o filósofo grego Aristóteles afirma que a política deve ser utilizada de modo que o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Sendo assim, o Estado, por não dar a devida importância ao tema, acaba sendo um dos fatores para o problema.       Ademais, destaca-se a negligência e a compactuação da sociedade como impulsionador do problema, que se omite diante situações de falta de assistência hospitalar, onde a maioria dos recém nascidos não recebem o devido cuidado médico, graças ao baixo investimento público, bem como aceitam e relativizam a falta de investimento público em áreas de pobreza, como enfrentados nas comunidades das grandes cidades do país. Neste cenário, o sociólogo Alemão Jürgen Habermas afirma que a sociedade depende da critica às suas próprias convicções e comportamentos para que mudanças efetivas aconteçam. Desse modo, a sociedade torna-se a principal vítima de suas próprias contradições, omissões e condutas.       Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Governo, junto com a iniciativa privada, invista na área da saúde, melhorando hospitais e criando condições aceitáveis de vida nas áreas sem saneamento básico, com o propósito de diminuir os casos de mortalidade infantil. Como também, cabe às escolas informatizar e conscientizar as pessoas sobre a importância das pessoas terem saneamento e saúde de qualidade. Isso pode ser feito por meio de programas nas escolas e campanhas nos meios de comunicação de massa, a fim de aumentar a conscientização e empatia pelas pessoas que sofrem descaso das políticas públicas. Destarte, a realidade aproxima-se da teoria iluminista e a sociedade desenvolver-se.