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Enviada em: 08/08/2018

Na última metade do século XX, o Brasil apresentou significativa redução na taxa de mortalidade infantil, fruto do processo de urbanização, que trouxe à realidade brasileira, entre outros, o conhecimento sobre métodos contraceptivos e assistência médico-hospitalar, além do planejamento familiar. No entanto, verifica-se que, recentemente, o país passou a apresentar taxas crescentes, fato que merece atenção.   Os motivos que levaram ao aumento do índice são variados; entre eles, destaca-se a precariedade do saneamento básico e condições de higiene, na maior parte das vezes em locais de pobreza extrema. Tais locais são propícios para o aparecimento e proliferação de doenças.    A partir disso, é notório o fato de que o maior número mortes está associado a questões econômicas e sociais, tendo em vista que há um maior distanciamento entre o setor público e a camada social mais pobre, evidenciado pela falta de assistência daqueles para com esta.   No entanto, uma boa parte das mortes infantis estão relacionadas às doenças ligadas ao vírus da Zika e à poliomelite, doença antes erradicada e que voltou a aparecer. Além disso, a atuação de movimentos anti-vacinação agrava ainda mais a situação, uma vez que sem vacina não há proteção e, consequentemente, os riscos aumentam.   Por isso, há a necessidade de uma ação conjunta entre o Estado e população. Ao primeiro cabe a adoção de práticas que visem a disseminação de informação, que podem ser feitas através de palestras educativas; assistência médico-hospitalar às mulheres antes e depois do parto; campanhas de vacinação em massa, além de incentivos à pesquisa na área da saúde, por meio da promoção de bolsas estudantis.  Já aos segundos, cabe a obrigação de manter a carteira de vacinação em dia, além de colaborar no descarte correto de lixo e não deixar água parada, reduzindo as chances de aparecimento e proliferação de doenças. Só assim, da combinação efetiva entre Estado e sociedade, será possível, novamente, reduzir as taxas de mortalidade infantil.