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Enviada em: 09/08/2018

No Brasil, conforme o IBGE, desde os anos 2000, ocorreu o declínio da taxa de mortalidade infantil. Em 2016,contudo, após 15 anos de queda, houve aumento da mesma. Nesse contexto, sabendo-se que essa taxa é um importante indicador de qualidade de vida e desenvolvimento humano, faz-se necessário observar os paralelos dessa problemática,isto é, os problemas sociais e de saúde pública motivadores do retrocesso.         Primeiramente, é importante frisar que o declínio da mortalidade infantil brasileira ocorreu devido às boas políticas públicas à partir da década de 90 ,evidenciando-se as campanhas de vacinação infantil.Entretanto, nos últimos anos houve diminuição na proporção de crianças e bebês vacinados em várias cidades brasileiras, acarretando na volta de perigosas doenças infantis erradicadas como sarampo e poliomielite.Diante disso, é possível afirmar que a falta de empenho da população em levar seus filhos para a vacinação é um grave problema de irresponsabilidade social e fator preponderante para o falecimento de muitos infantes. Aponta-se, nesse cenário, a urgência de novas campanhas que visem  conscientizar à população da necessidade da vacinação infantil.          Outrossim, é indubitável que o recente surto de microcefalia devido ao Zika Vírus é causa importante para o aumento da mortalidade infantil.Prova disso é que ,segundo dados do Ministério da Saúde(MS), desde 2015,aproximadamente 350 infantes e fetos faleceram no país por causa da microcefalia. Diante das estatísticas evidencia-se a ineficiência do Estado brasileiro em oferecer saúde pública satisfatória, visto que houve saturação de postos de saúde  e atendimento insuficiente durante o surto. Comprova-se isso, pois, consoante o MS, apenas cerca de 25% dos bebês que morreram de microcefalia tiveram atendimento completo.            Fica claro,portanto, a necessidade de medidas para que o obstáculo seja vencido.É imperioso que o Ministério da Saúde invista ,incisivamente,em campanhas e propagadas na Grande Mídia que apregoem à sociedade a importância  da vacinação infantil, repetindo o que foi feito nos anos 90. O objetivo dessa medida é conscientizar à população dos riscos da não vacinação, de modo a enfatizar os risco das doenças infantis, a segurança das vacinas e o dever social dos pais nesse processo. Além disso, cabe ao Governo Federal à disponibilização de mais verbas para investimentos em construção de clínicas voltadas para as gestantes e parturientes, com ênfase no pré-natal, pós-natal  e no acompanhamento médico completo dos casos de microcefalia. A finalidade dessa ação é melhorar a oferta de saúde pública preventiva, evitando doenças gestacionais e tratando as inevitáveis, durante e após o período gestacional. Assim, como outrora,diminuir-se-á o índice de mortalidade infantil no Brasil.