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Enviada em: 09/08/2018

Segundo a filósofa Hannah Arendt em "A banalidade do mal", o pior mal é aquele visto como algo corriqueiro e cotidiano. Sob essa ótica, ao observar-se o aumento da taxa de mortalidade infantil, no Brasil, percebe-se que o pensamento de Hannah é constatado tanto na teoria quanto na prática e a problemática segue intrínseca à realidade do país. Nesse sentido, convém uma análise de como a carência de saneamento básico e a falta de vacinação contribuem para o impasse.        A priori, a falta de saneamento é um obstáculo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a principal causa do aumento das taxas brasileiras desse male está relacionada à higiene dada às mais diversas moradias(que eleva os casos de diarréia e cólera). Nesse ínterim, é notório o importante papel das Prefeituras Municipais na eficiência de uma boa higienização de tais localidades. Nessa lógica, para o pensador Sérgio Adorno, não há como ter progresso sem ao menos ter o mínimo de saneamento básico.         Outrossim, a pouquidade de vacinação também causa barreiras. De acordo com a Secretaria de Saúde, apenas 60% das mulheres levam seus recém-nascidos para receber vacinas contra enfermidades como Febre Amarela e Meningite( diretamente relacionadas com a morte precoce dos bebês). Desse modo, é perceptível que a negligência das mães também impedem um avanço promissor. Nessa égide, para o filósofo Jarbas Santos, não adianta ter ótimas propostas se os demais não colaboram.             Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde e as Prefeituras devem, por meio de impostos, financiar a política de higienização básica, a fim de dar às grávidas e aos seus filhos as condições necessárias para um ótimo desenvolvimento pré e pós-parto. Ademais, para o médico Jonas Salk, a recompensa de um trabalho bem feito é não precisar fazê-lo novamente. Destarte, o Ministério da Educação e ONGs assistencialistas devem, por meio de profissionais qualificados, disponibilizar palestras, com o intuito de demonstrar às futuras mães a importância das vacinas pós-natais para um efetivo primeiro ano de vida. Assim, o entrave será revisto e minimizado.