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Enviada em: 11/08/2018

Surpreendentemente, desde 2015, o Brasil vem apresentando um crescimento significativo do número de recém-nascidos mortos. Conforme os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse índice esteve em queda constante entre os anos de 2000 e 2014. Entretanto, volta a crescer, tem preocupado toda a população e caracteriza um grande risco à saúde pública brasileira. Por certo, a taxa de mortalidade infantil só existe por falta de cuidados essenciais de saúde e saneamento básico, que boa parte das pessoas ainda não possuem acesso.                                                 Inquestionavelmente, a inexistência de um atendimento médico-hospitalar, a falta de um pré-natal durante a gestação e a desnutrição podem ter contribuido para a elevação da mortalidade brasileira. Sob o mesmo ponto de vista, o médico Drauzio Varella afirma que os 18 primeiros meses de vida são determinantes para a sobrevivência de um recém-nascido, pois se não houver esses cuidados, além de uma boa alimentação, pode haver risco de vida. Por conseguinte, essa premissa é reafirmada com o estudo do Banco Mundial de 2015, que mostrou o continente africano com a maior taxa de mortalidade de bebês, que é provocada pela existência da fome e do baixo acesso à saúde básica.                       Além disso, condições precárias de saneamento aumentam a disseminação de infecções e doenças, o que proporcionalmente eleva a ocorrência de óbitos. Por exemplo, no século XIV houve uma pandemia, peste negra, que resultou na morte de um terço da população humana. Embora seja períodos bem distantes, ambos os casos possuem o mesmo viés, a falta de práticas de higiene como fator propicio à transmissão de patógenos entre humanos. Como consequência, esses agentes biológicos podem ocasionar até a morte. Dessa forma, ao negligenciar condições de higienização, seja por falta de conhecimento ou condição social, mães e filhos estão susceptíveis aos riscos eminentes desse contato.             É evidente, portanto, que a qualidade de vida e sobrevivência desses indivíduos está intimamente relacionada à eficiência dos serviços públicos a sua volta, como o acesso à saúde, às vacinas e às medidas assépticas. Logo, cabe ao Poder Público e às Secretarias de Saúde investir em novos postos de saúde, que promovam campanhas de vacinação e disponibilizem o pré-natal, a fim de que sejam meios de prevenção às possíveis causas da mortalidade. Ademais, compete às prefeituras municipais, ampliar a infraestrutura de coleta de lixo, comprando novos veículos e contratando mais pessoas, além de coletar e tratar o esgoto da cidade, por meio de uma estação de tratamento, para que a incidência de doenças contagiosas possa reduzir. Enfim, focando na prevenção, o Brasil poderá reduzir novamente sua taxa de mortalidade