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Enviada em: 12/08/2018

Conforme a lei da inércia, segunda lei de Newton, um corpo tende a permanecer parado até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso. Nesse sentido, verifica-se que ao analisar o aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil, fatores como o precário sistema de saúde pública e o aborto ilegal funcionam de forma análoga à lei de Newton. Dessa forma, contribuem para a permanência do estado inerte, sendo inevitável medidas que atuem e mudem essa problemática.              Convém ressaltar, a princípio, que a dificuldade enfrentada pelas gestantes antes e após a gravidez é o principal paradigma. Isto é, o difícil acesso ao pré-natal, a vacinação dos recém-nascidos, como também o atendimento médico (pediatria e nutrição) são exemplos da ineficiência do sistema público de saúde. Para exemplificar tal fato, recentemente, Luciene Ferreira entrou em trabalho de parto dentro do coletivo em Goiânia, logo após sair de um hospital por falta de atendimento adequado. Por consequência disso, há um aumento descontrolado da mortalidade infantil provocado pela falta da devida assistência.        Além disso, é importante destacar a prática do aborto ilegal. Isso ocorre, pois não há um incentivo à utilização de preservativos e planejamento entre os jovens brasileiros. Conforme o sociólogo Zygmunt Bauman e sua teoria da modernidade líquida, os indivíduos são egocêntricos e individualistas, nesse sentido, acabam esquecendo o direito à vida do próximo. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016 morreu 16 crianças a cada 1000 habitantes. Com isso, torna-se claro que inúmeras mulheres ao colocar suas vidas em risco, findam tantas outras.       Diante dos fatos supracitados, é evidente que a questão da mortalidade infantil no Brasil precisa ser revisada. Por isso, cabe ao Estado, na figura do Ministério da Saúde, melhorar o atendimento, ampliar o quadro de funcionários e criar programas para vacinação e assistência às crianças, através de um maior repasse de verbas, cuja finalidade é diminuir a mortandade na infância. Além disso, é dever dos meios midiáticos, informar acerca dos problemas causados pelo aborto ilegal, por meio de novelas, rádio e propagandas, a fim de conscientizar a população. Dessa maneira, as intervenções propostas apresentam forças suficientes para mudar o percurso da problemática.