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Enviada em: 13/08/2018

Em meados do século XVIII, ao retornar da Turquia, a escritora inglesa Mary Wortley Montagu inoculou em sua filha a saliva de uma pessoa contaminada com varíola com  o objetivo de imunizá-la contra a doença. Tendo comprovado a eficácia do processo, que posteriormente originaria a vacina, Mary conseguiu que a prática se espalhasse pelo continente europeu, de modo a reduzir drasticamente as taxas de mortalidade, especialmente infantil. A partir de então, com o avanço inexorável da ciência, esse índice só decaiu ao longo dos séculos.  No entanto, nos últimos dois anos observou-se que a mortalidade infantil aumentou no Brasil, o que é um fato extremamente preocupante e revela a urgência do tratamento da questão.    Todas as gestantes estão sob risco durante a gravidez e todas as crianças correm risco de vida, especialmente nos primeiros meses, o que é uma questão fisiológica. Entretanto, é importante ressaltar que os maiores índices de morte prematura são registrados pela população mais pobre do país. Esse fato reflete a relação direta entre renda e acesso à cuidados de saúde e sanitário, o que fere a Constituição Brasileira, que afirma que todos tem direito a assistência social igualitária.    Entre as principais causas da mortalidade infantil estão a falta de saneamento básico, desnutrição e deficiências no sistema de saúde, todas passíveis de resolução. Apesar de possível, reduzir esse índice não é uma tarefa fácil, pois as regiões mais afetadas são as mais pobres, demonstrando que o problema é maior do que parece, já que revela uma disparidade no acesso a serviços básicos que deveriam ser providos pelo governo.       Após a análise desses fatos, constata-se que medidas precisam ser tomadas com o objetivo de atenuar o problema retratado. Primeiramente, é fundamental que o Ministério da Saúde garanta o acesso à assistência hospitalar a todas as gestantes e bebês, de forma que a saúde de ambos possa ser assegurada. Além disso, o Poder Público, em parceria com empresas de saneamento básico deve promover obras que levem a infraestrutura necessária a todas as regiões do país, de forma que se reduzam os riscos de contaminação e doenças parasitárias. Com a soma desses fatores torna-se indubitável que as condições de vida irão melhorar e por conseguinte, a taxa de sobrevida será maior.