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Enviada em: 15/08/2018

O sarampo era uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo, até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Essa descoberta, junto das melhorias na condição de vida da população e o avanço gradual da ciência, evitaram inúmeras mortes de crianças. Porém, nos últimos anos no Brasil, foi registrado um aumento na taxa de mortalidade de crianças até 1 ano de idade. Entre muitos fatores que explicam essa problemática grave, está a diminuição da vacinação de crianças e a precariedade da saúde básica no país, comprometendo o futuro da nação.    Com a evolução constante da ciência, meios profiláticos como vacinas foram criados, possibilitando que várias pessoas, principalmente crianças, fiquem imunes a inúmeras doenças que antes já assolaram a humanidade. Mas, a negligência de pais, na hora de efetivarem a imunização de seus filhos, seja por crenças de que a vacina representa um perigo à integridade de seu filho, ou a boatos sem fundos científicos, vistos na internet, gera uma grande problemática, o que pode resultar na morte da criança, pois essa fica vulnerável ao ataque de patógenos. Essa displicência é considerada crime pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, onde é previsto a obrigatoriedade da imunização, recomendada pelo Ministério da Saúde.    Além disso, outro fator agravante do aumento da taxa de mortalidade infantil no país é o descaso com a saúde básica.  De acordo com um estudo publicado na revista científica Plos Medicine, cortes orçamentários em saúde básica e assistência social podem levar a até 20 mil mortes e 124 mil hospitalizações de crianças com menos de 5 anos, até 2030 no país. Todavia, essas mortes poderiam ser evitadas com investimentos no Programa Estratégia Saúde da Família, voltado para a atenção básica em saúde, prestando atendimento qualificado às gestantes e seus futuros filhos; e no Bolsa Família, oferecendo cada vez mais auxílio às populações pobres do país.    Portanto, medidas precisam ser tomadas para que a problemática do aumento na taxa de mortalidade infantil no Brasil deixe de existir. É preciso que o Ministério da Saúde, por meio de campanhas intensas de vacinação, alertem toda a população da importância de imunizarem seus filhos, para que estes fiquem livres de futuras complicações de saúde, que poderiam facilmente ser evitadas pelo meio profilático ofertado em questão, desmitificando ideias e boatos de que a vacina irá prejudicar de alguma forma o organismo da criança. O Governo Federal, por sua vez, deve investir fortemente na saúde básica do país, fazendo com que crianças tenham um atendimento qualificado, garantindo assim, que o futuro do país cresça de forma saudável.