Materiais:
Enviada em: 14/08/2018

A revolta da vacina, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro em meados do século XIX, foi um grande movimento social no qual boa parte da população, motivada por uma grande desconfiança popular, se rebelou ao uso compulsório da vacina. De forma análoga, é possível evidenciar algo semelhante na contemporaneidade, visto que devido a uma nova descrença popular, milhares de pais optam por não vacinarem seus filhos. Acerca disso, faz-se necessário refletir sobre os impactos que isso ocasiona na sociedade, sobretudo o aumento da taxa de mortalidade infantil.      Primeiramente, vale ressaltar que a crescente desconfiança popular é um importante fator relacionado a inibição ao uso da vacina no Brasil. Isso ocorre devido, principalmente, à propagação de informações falsas relacionadas aos métodos imunizadores, bem como as vacinas e soros, porém, tais informações não possuem qualquer embasamento científico. Consequentemente, milhares de crianças deixam de ser imunizadas corretamente. Dessa forma, há um aumento na taxa de adquirição de doenças altamente prejudiciais à criança, como o sarampo e a salmonela, e assim, agrava de forma contundente a mortandade meninil.        Além disso, a inserção de medidas profiláticas nos maiores centros urbanos pode atuar como apoio para a prevenção de doenças, como a gripe e a leptospirose. Segundo o médico Drauzio Varella, a profilaxia de doenças é uma importante medida para a diminuição da taxa de mortalidade infantil, pois combate o problema na sua raiz: o contágio. No entanto, embora seja evidente a importância das medidas supracitadas, não é o que se observa na grande maioria das cidades brasileiras que sofrem com a ausência de hospitais capacitados e saneamento básico altamente precário. Dessa forma, é agravada ainda mais as chances de contágio de doenças graves e, consequentemente, ocorre um aumento no índice de morte de crianças.         Logo, ao discorrer sobre a necessidade da diminuição da taxa de mortalidade infantil, torna-se necessária a vacinação plena da população juvenil e a enfatização da importância da profilaxia, infere-se que é dever do Ministério da Educação a promoção de palestras e debates em escolas, creches e centros comunitários, a fim de conscientizar a sociedade sobre o tema. Ademais, os educadores e profissionais da saúde que irão ministrar as discussões supracitadas, deverão salientar a importância da vacina para o crescimento saudável da criança, além de distribuírem cartilhas informativas sobre o assunto. Por fim, o Governo Federal, por sua vez, deverá veicular propagandas de teor informativo, com o objetivo de desmitificar as informações falsas relacionadas às vacinas, tudo através da imprensa escrita, imprensa televisionada e redes sociais. Assim, a problemática acerca a mortalidade infantil seria mitigada.